O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, e o deputado Paulo Melo, se entregaram nesta […]

Jorge Picciani e Paulo Melo se entregam à polícia no Rio

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, e o deputado Paulo Melo, se entregaram nesta quinta (16) à Polícia Federal do Rio. Mais cedo, juízes do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio, decidiram por unanimidade pela prisão imediata dos deputados.

Foi expedido mandado de prisão também de Edson Albertassi, que ainda não se entregou. Os três integram a cúpula do PMDB do Rio e são investigados no âmbito da operação ‘Cadeia Velha’, desdobramento da Lava Jato que apura favorecimento de empresas de ônibus por parlamentares fluminenses.

Picciani chegou às 16h42 na sede da polícia, acompanhado do advogado Nélio Machado. Melo, por sua vez, chegou escoltado por dois policiais federais e sem o seu tradicional bigode. Ele já foi presidente da Alerj e é um dos principais nomes do PMDB no estado.

Picciani e Paulo Melo devem passar por exame de corpo de delito e depois seguir para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, onde estão os presos da Lava Jato, como Cabral, Sérgio Côrtes, Jacob Barata Filho e o filho de Picciani, Filipe Picciani.

Leis teriam sido elaboradas sob medida para atender aos interesses das empresas de ônibus do Rio mediante suposto pagamento de propina.

Os juízes da primeira sessão especializada do Primeiro Tribunal Regional decidiram – por cinco votos a zero – pela prisão dos três deputados e seu consequente afastamento das funções parlamentares.

No entendimento dos juízes, a prisão preventiva se justifica porque os crimes supostamente cometidos pelos deputados continuariam em curso.

Parlamentares, contudo, só podem ser presos em crime em flagrante por delitos inafiançáveis. Os magistrados pediram prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Para o crime de lavagem foi expedido um mandado de prisão em flagrante, com base no entendimento de que os suspeitos continuariam a cometer crimes. Já para os outros crimes, a prisão pedida foi a preventiva.

Convocação

A Alerj será convocada em caráter permanente para sessão extraordinária que pode ocorrer sexta (17), sábado (18) ou domingo (19). O TRF2 tem que mandar a comunicação para a Casa, para que possa acontecer a votação. O prazo para o envio desse ofício é de até 24h depois da sentença.

A decisão da Alerj tem que ser tomada pela maioria absoluta dos deputados, ou seja, 36 votos (mais da metade das 70 cadeiras da Alerj).

Servidores do estado convocaram manifestação na porta da Alerj amanhã, às 13h

Por Folhapress

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