Desde os tempos antigos, diversas festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. No Brasil temos […]

Doces ou travessuras? A história e a lenda por trás do Halloween

Desde os tempos antigos, diversas festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. No Brasil temos o carnaval como exemplo, festa que antecede a quaresma e a Páscoa. O Halloween, desde tempos remotos, antecede o Dia de todos os Santos e, por tal motivo, tem seu nome inspirado na expressão All Hallow’s Eve, que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1° de novembro ter aspectos de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o Halloween nasce como uma preocupação simbólica, onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

Em plena disseminação do Cristianismo, os povos pagãos trouxeram essa influencia cultural durante o processo de ocupação de terras europeias. No início, o Dia de todos os Santos era celebrado em maio – sendo que, somente no século IX, a Igreja promoveu a adaptação da data para o dia 1º de novembro. Logo, isso tornava mais fácil a catequização dos bárbaros convertidos, pois se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga festa do Halloween.

Foi esse caráter espiritual e místico da celebração do Halloween que o associou às bruxas e feiticeiras. A inquisição ocorrida na Idade Média contribuiu ainda mais para fortalecer essa analogia entre Halloween e o mundo dos espíritos, uma vez que diversas pessoas eram acusadas de bruxaria e sofriam grandes perseguições.

A lenda, que serviu de inspiração para a inserção de abóboras iluminadas com feições humanas na festa, vem da lanterna de Stingy Jack. A lenda de Jack é um mito irlandês que conta a história do homem que fez um trato com o Diabo e o prendeu numa moeda em um crucifixo, sendo por isso rejeitado tanto no céu, por conta do trato, como no inferno, após a sua morte. Para se libertar da prisão, o Diabo concordou com um trato de não importunar Jack, e assim se fez… o Diabo foi libertado e cumpriu o acordo. Vendo que, após morrer, Jack estava solitário e perdido, o Diabo lhe entregou um nabo com carvão e isso lhe serviu de lanterna.

Com a chegada dos irlandeses na América do Norte, veio também a tradição da abóbora iluminada – inspirada na lanterna de Jack, que é utilizada como máscaras e tem o intuito de evitar que os participantes da festa sejam reconhecidos pelos os espíritos que vagam neste dia.

Atualmente, em especial na América do Norte, a festa é celebrada com crianças fantasiadas que saem pelas ruas batendo de porta em porta, exigindo doces no lugar de travessuras contra os residentes de determinado local.

*Fonte: Brasil Escola

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