O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) apresentou um projeto de lei na Câmara que sugere que todos os presidiários, que […]

Deputado do PSOL exige salário mínimo, 13º e férias para presidiários

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) apresentou um projeto de lei na Câmara que sugere que todos os presidiários, que trabalham na prisão, recebam um salário mínimo por mês, o equivalente a R$ 954. Mas não é só isso.

Braga propõe, também, enquadrar detentos que executam algum tipo de trabalho em estabelecimentos prisionais às regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com jornada e horários de trabalho definidos.

Na prática, isso significa que os presos terão direito aos mesmos benefícios dos demais trabalhadores comuns, como férias, 13º salário, Fundo de Garantia (FGTS) e até reajuste salarial anual. Com uma diferença: os trabalhadores comuns não cometeram crime algum.

O projeto de lei de nº 10.142, protocolado pelo parlamentar no último dia 26 de abril, altera os artigos 28 e 29 da Lei de Execução Penal, que passam a ter a seguinte redação: “o trabalho do preso está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho” e “o trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior ao salário mínimo”.

Hoje, os detentos dos regimes fechado e semiaberto têm direito ao benefício da remição da pena por meio do trabalho: a cada três dias de trabalho, um dia da pena é reduzido. Esse é um direito contemplado na Lei da Execução Penal que visa contribuir na ressocialização do preso, abreviando o tempo de reclusão imposto pela Justiça e ocupando a mente do presidiário com um ofício.

A lei autoriza ainda o pagamento de uma remuneração pelo trabalho exercido que não pode ser inferior a três quartos do salário mínimo. Braga alega que não é isso que acontece hoje. O deputado cita dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias que indicam que “75% dos presos envolvidos em atividades laborais até novembro de 2016 recebia remuneração inferior a três quartos do salário mínimo ou não recebia salário algum”.

*Informações da fonte: Gazeta do Povo

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