Enquanto Manaus vive um cenário de horror e desespero, em meio ao colapso da saúde no estado devido à segunda […]

Deputado do AM é diagnosticado com Covid-19 e viaja para SP em busca de tratamento

Enquanto Manaus vive um cenário de horror e desespero, em meio ao colapso da saúde no estado devido à segunda onda da pandemia, políticos buscam tratamento fora da capital amazonense. Segundo informações que circulam em grupos de WhatsApp, nesta sexta-feira (15), o deputado estadual Felipe Souza (Patriota) teria sido diagnosticado com Covid-19 e viajado à São Paulo, no último domingo (10), para tratar da doença em um hospital da rede privada.

Um micro-empreendedor, que não quis ter a identidade revelada, entrou em contato com a equipe do Portal do Minuto para reforçar que o parlamentar estaria fora de Manaus em busca de tratamento particular. “Pessoas que trabalham perto dele [Felipe Souza] confirmaram essa informação, de que ele viajou para São Paulo para tratar de Covid”, ressaltou a fonte. Confira os prints abaixo:

A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do deputado, a fim de obter mais informações sobre o estado de saúde do parlamentar, porém, não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Thaysa Lippy ao lado do pai, o deputado estadual Felipe Souza – Foto: Reprodução/Facebook

Nas eleições municipais de 2020, Felipe Souza apoiou a filha, Thaysa Lippy, eleita pelo PP com 6.736 votos, alcançando o sétimo lugar no ranking e conquistando um dos cargos disputados na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Sistema de saúde em colapso

Nessa quinta-feira (14), o sistema de saúde da região metropolitana de Manaus entrou em colapso. Desesperados, médicos e enfermeiros de diversas unidades hospitalares da capital faziam apelo nas redes sociais, pedindo ajuda da população na tentativa de conseguir cilindros de O² (oxigênio) para evitar que mais pacientes morressem de asfixia.

“Tivemos uma baixa total de oxigênio, perdemos alguns pacientes, foi um caos. Estamos pedindo, fazendo uma campanha para quem tiver oxigênio na sua casa e não estiver usando que traga pra gente, pois estamos precisando muito”, relatou um médico do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), em um vídeo publicado ontem nas redes sociais.

Profissionais de saúde da rede pública e privada pediram, ainda, para que as pessoas fiquem em casa, com o intuito de evitar o aumento dos casos de Covid-19 na capital.

Conforme dados divulgados na quinta-feira, pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), por meio do Boletim Diário de Covid-19, o Amazonas contabilizou 3.816 novos casos de infecção pelo vírus, totalizando 223.360 casos da doença no estado. O número de mortes subiu para 5.930.

Decreto

Devido ao colapso que Manaus vem enfrentando no sistema de saúde por conta do aumento de casos de Covid-19, ainda na tarde de quinta-feira, o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou o Decreto Estadual nº 43.282, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), que proíbe a circulação de pessoas nas ruas e vias públicas de Manaus, no horário entre 19h e 6h da manhã. Todas as atividades, exceto serviços essenciais para a vida, também estarão proibidas de abrir.

A medida passou a ter validade a partir de ontem, se estendendo por 10 dias, e também vale para os demais municípios do estado.

O governador do AM, Wilson Lima, anunciou decreto que valerá por 10 dias em todo o estado – Foto: Divulgação/Secom

Segundo o governador, dentre as novas medidas de restrição contra a Covid, estão:

  • Suspensão do transporte coletivo de passageiros entre rodovias e rios do estado;
  • Fechamento de todas as atividades e circulação de pessoas entre 19h e 6h;
  • Farmácias devem funcionar, entre 19h e 6h, por delivery ou sob demanda;
  • Circulação de pessoas só será permitida, entre 19h e 6h, para quem trabalha em áreas estratégicas: saúde, segurança pública, imprensa.

Ainda conforme o novo decreto, ficam ressalvadas as seguintes atividades:

  • Transporte de cargas e produtos essenciais à vida, como alimentos e medicamentos e insumos médico-hospitalares;
  • Deslocamento para serviços de entrega, exclusivamente de produtos farmacológicos, medicamentos e insumos médico-hospitalares;
  • Deslocamento de pessoas para prestar assistência ou cuidados a doentes, idosos, crianças ou pessoas com deficiência ou necessidades especiais e o de profissionais de imprensa.

Wilson Lima destacou, ainda, que o Estado entrou com uma ação na Justiça para que a empresa fornecedora de oxigênio garanta o abastecimento nas unidades de saúde em quantidade suficiente para atender a todos os pacientes.

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