O Superior Tribunal de Justiça Desportiva recebeu uma denúncia a respeito de uma tentativa de manipulação de resultado na partida […]

Clube amazonense é denunciado por suposta tentativa de suborno em jogo da Copa do Brasil

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva recebeu uma denúncia a respeito de uma tentativa de manipulação de resultado na partida entre Manaus e CSA-AL, realizada no dia 7 de fevereiro, pela primeira fase da Copa do Brasil, em que o placar terminou empatado em 2 a 2 e favoreceu a equipe de Alagoas, que avançou de fase.

No caso, o próprio árbitro principal do confronto, Vanderlei Soares de Macedo, procurou a CBF dois dias antes do jogo e revelou uma suposta proposta de R$ 20 mil para favorecer a equipe amazonense. O responsável teria sido o auxiliar de fisioterapia do Brasiliense, Pedro Crema.

Além de Crema, outros profissionais foram denunciados. São eles: os assistentes do duelo, Lucas Torquato Guerra e Marconi de Souza Gonçalo, do Distrito Federal, o quarto árbitro Ivan da Silva Guimarães, o analista de campo Raimundo Nonato da Silva e o delegado da partida, Lázaro Dangelo Pinheiro, do Amazonas, além do presidente do Gavião do Norte, Giovanni Alves Silva. Todos enquadrados nos Arts.241 e 243-A e artigo 62 e 69 da FIFA na forma do Art.183

O julgamento do caso ocorreu no dia 11 de maio e, de acordo com o edital divulgado, apenas Pedro Crema foi suspenso até o momento. O membro da comissão técnica do Jacaré foi afastado por 365 dias de qualquer atividade ligada ao futebol, além do pagamento de uma multa de R$ 10 mil.

A pena foi de encontro com os votos do auditor Dr. José Nascimento, que o suspendia por dois anos, mais a multa de R$20 mil, e do presidente da comissão, Rodrigo Raposo, que pediu o afastamento de um ano e meio, mais a multa de R$15 mil.

O presidente do Manaus, Giovanni Silva, alega inocência e que foi pego de surpesa com essas denúcias. Acrescenta que a manipulação pode estar envolvida com algum site de apostas. O caso, porém, vai ser investigado pelo Ministério Público de Brasília, que acredita que o suborno faz parte de um esquema maior.

Vale ressaltar que, com a classificação à segunda fase, o Manaus arrecadaria R$ 600 mil, além da receita da partida contra o São Paulo.

”Até nós fomos pegos de surpresa. Particularmente, até agora eu não entendi. Alguém queria beneficiar o Manaus, sem falar conosco. A gente não entendeu. Se o juiz veio intencionado em favorecer, o que a gente viu foi outra coisa. Nós fomos informados, pois STJD notificou que o clube e profissionais da Federação Amazonense seriam julgados. Isso foi estranho, porque a gente tinha problemas com a arbitragem. No jogo contra o Paysandu, tivemos, no mínimo, dois pênaltis claros e um impedimento que não existia. Foi quando o Mitoso trouxe à tona o caso. Mas graças a Deus deu certo neste julgamento do STJD. Eu não sei o porquê ele (Pedro Crema) fez isso. Não chegamos a entrar em contato porque a gente não conhece ninguém de lá. A única coisa que passa pela nossa cabeça são apostas de sites, particularmente eu já vi isso, e vi também o Manaus configurado nestes sites. Algumas vezes o Manaus aparecia como uma proporção maior, como favorito. Ele estava neste site de aposta até no jogo com o Rio Branco, inclusive ele era novamente um dos favoritos”, disse.

Investigação

O STD encaminhou o caso para uma investigação do Ministério Público do Distrito Federal, haja vista que, segundo os depoimentos dos envolvidos, a compra do resultado foi combinada. Em depoimento, Pedro Crema confirmou que tentou subornar o árbitro da partida, Vanderlei Soares de Macedo, a mando do Paulo Henrique, diretor de futebol do Brasiliense.

No relato do árbitro, ao detalhar os acontecimentos, Vanderlei afirmou que, caso aceitasse o suborno, uma pessoa se encarregaria de entregar o valor no aeroporto de Manaus. Diante dos fatos, a Procuradoria solicitou instauração de inquérito para tentar identificar todos os envolvidos no esquema e quem seria a pessoa responsável pela entrega desse suborno.

*Informações da fonte: Globo Esporte

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