“Ai, cadê as manifestações contra o Alckmin?” Pois é, cadê? Ninguém está vendo nem “coxinhas” e nem “mortadelas” fazendo algo. […]
Cadê as manifestações contra o Alckmin? Pois é, cadê? A impunidade e a Justiça que convém
“Ai, cadê as manifestações contra o Alckmin?”
Pois é, cadê? Ninguém está vendo nem “coxinhas” e nem “mortadelas” fazendo algo. De um lado, falta o apetite voraz em atacar os políticos da situação como fazem com os opositores. Do outro, também.
Parece que estamos sempre prontos a buscar o poder. Quando temos, queremos mantê-lo e até aumentá-lo se for possível. Em duas vertentes distintas, como a maioria não o tem, uma linha deixa-se subjugar pela ordem existente, a outra questiona a ordem: a do “rival”. E, para sentir parte de tal poder, se autoproclama parte de um “governo popular”, quando a sua linha ideológica detém o referido poder. Ele é sedutor, ainda que inconscientemente em muitos casos, ou o queremos ou queremos estar nele de alguma forma, mesmo que nossa função seja somente alimentá-lo para que uma pequena classe engorde e se farte por meio dele.
“Ah, mas a Justiça é seletiva…”
Por conta disso, a impunidade tem que ser para todos, mesmo que meu “herói político” tenha sido condenado e seu governo esteja envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção do país?
Enquanto uns comemoram a prisão de um, outros fazem vigília para político condenado. Afinal, briga-se por Justiça ou por impunidade no Brasil? A resposta, talvez, dependa do lado que eu esteja. Enquanto o povo se divide de um lado e do outro, a passarada e as ratazanas continuam rindo das nossas caras, saqueando nossos suprimentos até morrermos de fome. O berço esplêndido em que estávamos deitado eternamente se tornou um leito, semelhante aos do SUS.
Por fim, fica a estranha sensação de não se saber o porquê se briga tanto. Justiça só quando convém, impunidade também.