O fotógrafo e pesquisador amazonense André Zumak conquistou o primeiro lugar na 14ª edição do Prêmio de Fotografia “Ciência e […]

Amazonense vence prêmio nacional com imagem impressionante dos lagos da Amazônia
O fotógrafo e pesquisador amazonense André Zumak conquistou o primeiro lugar na 14ª edição do Prêmio de Fotografia “Ciência e Arte”, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A premiação aconteceu durante a 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada entre os dias 13 e 19 de julho, em Recife (PE).
Zumak foi premiado pela fotografia “O contraste da super célula convectiva com o complexo de lagos da Amazônia”, feita em 2024 por meio de um drone, durante uma expedição pelo Instituto Mamirauá. A imagem retrata o momento em que nuvens densas e carregadas se aproximam do Lago Tefé, cenário marcado pela extrema seca que atingiu o Médio Solimões, no Amazonas. O contraste entre o céu ameaçador e a vegetação recém-brotada em áreas antes submersas revela um recorte poderoso da realidade amazônica sob o impacto das mudanças climáticas.
A foto foi registrada durante o projeto “Lagos Sentinelas da Amazônia”, voltado ao monitoramento ambiental colaborativo dos efeitos climáticos sobre os corpos d’água da região. Para Zumak, o reconhecimento representa mais que uma vitória pessoal. “É um momento importante para moradores do Norte do país, ao mostrar a Amazônia e a interação da arte com a ciência. Fico honrado por estar aqui representando o Amazonas”, afirmou.
Pesquisador do Instituto Mamirauá e mestre pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Zumak começou a integrar fotografia e ciência ainda em 2007, durante a graduação em Geografia. Desde então, passou a registrar com profundidade as paisagens amazônicas em suas pesquisas pelo Grupo de Geociências e Dinâmicas Ambientais.
Além da obra de Zumak, outras fotografias também foram reconhecidas na categoria de imagens feitas com câmeras comuns, como celulares e drones. O segundo lugar ficou com Daniel Rodrigues, doutor em Astronomia, com a imagem astronômica “Encontro intergaláctico com a beleza do cerrado”. Já o terceiro lugar foi para Pedro Henrique Martins, doutor em Zoologia, com a macrofotografia “Entre cores e espinhos: curiosidade e admiração no lugar do medo”.
Os vencedores receberam prêmios em dinheiro – R$ 15 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente – além de passagens, hospedagem, certificados, participação em mesa-redonda e exposição das obras na SBPC. Durante a cerimônia, a diretora do CNPq, Dalila Andrade, destacou a relevância do prêmio. “Ele nos convida a conhecer outras formas de expressão científica. Cada imagem tem uma história e um conhecimento por trás que merecem ser explorados”, afirmou.
O Prêmio de Fotografia “Ciência e Arte” tem como objetivo estimular a produção de imagens ligadas à ciência, tecnologia e inovação, além de aproximar o público geral do universo científico por meio da arte visual.
(*) Com informações: D24Am