Londres – A lâmina da guilhotina que teria sido usada na execução de Maria Antonieta, última rainha da França, é […]

(Foto: Reprodução/X/bernarddonoghue)

Lâmina que teria decapitado Maria Antonieta é exibida em museu de Londres

Londres – A lâmina da guilhotina que teria sido usada na execução de Maria Antonieta, última rainha da França, é uma das peças centrais de uma nova exposição no Museu Victoria e Albert, em Londres. A mostra celebra o luxo e o legado histórico da monarca, símbolo do esplendor e da queda do Antigo Regime durante a Revolução Francesa.

Casada com o futuro Luís XVI em 1770, Maria Antonieta ficou conhecida por seu gosto extravagante e pelo patrocínio às artes. Sua vida de ostentação, porém, terminou em tragédia quando, em 1789, a família real foi forçada a deixar Versalhes e retornar a Paris. Com o agravamento da crise política, o rei foi acusado de traição, e a rainha passou seus últimos dias na prisão, sendo executada em 16 de outubro de 1793.

A exposição apresenta uma vasta coleção de objetos originais, como porcelanas, joias e vestidos, que ilustram a trajetória da rainha desde o luxo da corte até o confinamento e a morte. Segundo o jornal The Guardian, as roupas expostas “parecem saídas de um conto de fadas”. O detalhamento e a autenticidade das peças impressionaram críticos e visitantes — um deles chegou a comentar que “Versalhes devia feder”, em alusão aos inúmeros frascos de perfume e tigelas de pot-pourri encontrados no palácio.

À medida que o visitante percorre a mostra, o brilho da realeza vai sendo substituído por documentos e caricaturas que retratam o declínio da imagem de Maria Antonieta. Durante a Revolução, ela foi alvo de ataques que a acusavam de ser gastadora e promíscua, o que é retratado em ilustrações pornográficas da década de 1790 também expostas no museu.

A exibição culmina com a guilhotina que teria sido usada em sua execução. O artefato, uma estrutura de madeira escurecida e lâmina ainda afiada, foi emprestado pelo arquivo do Museu Madame Tussauds, famoso por suas figuras de cera. A peça foi adquirida no século XIX pelos filhos de Marie Tussaud, que alegavam tê-la comprado do neto do carrasco Charles-Henri Sanson, responsável pelas execuções durante a Revolução.

Embora sua autenticidade não seja comprovada, a lâmina permaneceu exposta por mais de um século na “Câmara dos Horrores” do Tussauds, ao lado de cabeças de cera inspiradas nas máscaras mortuárias de figuras históricas como Luís XVI e a própria Maria Antonieta — lembranças de um dos capítulos mais sombrios da história francesa.

(*) Fonte: D24Am

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