A nova geração de cigarros eletrônicos, chamados de smart pods, está se tornando cada vez mais sofisticada ao incorporar tecnologias […]

Foto: Divulgação

Vapes inteligentes: o risco moderno que atrai jovens

A nova geração de cigarros eletrônicos, chamados de smart pods, está se tornando cada vez mais sofisticada ao incorporar tecnologias que vão além da função de vaporização. Com design atrativo, os dispositivos agora contam com jogos, aplicativos de música e até funcionalidades como chamadas e envio de mensagens. Alguns modelos chegam a custar mais de R$ 1.000 e são claramente desenvolvidos para atrair o público jovem — justamente o mais vulnerável. No Brasil, dados alarmantes mostram que um em cada cinco adolescentes já experimentou cigarros eletrônicos, mesmo com a proibição imposta pela Anvisa desde 2009.

O avanço desses dispositivos vai além dos sabores frutados e chega a reproduzir elementos de videogames e brinquedos digitais, como tamagotchis que “morrem” se o usuário parar de tragar. A popularização ocorre em meio a um crescimento de 500% no número de usuários em apenas seis anos, saltando de 500 mil para 3 milhões. Em 2024, as apreensões desses produtos no país ultrapassaram R$ 87 milhões. No total, o mercado ilegal de vapes já movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões por ano no Brasil, com uma perda estimada de R$ 2,2 bilhões em impostos apenas sobre importações. Nos Estados Unidos, a gravidade da situação levou a Suprema Corte a apoiar a decisão da FDA que proíbe a venda de dispositivos com sabores e formatos voltados ao público infantojuvenil.

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