O setor de TV por assinatura no Brasil atravessa uma das maiores crises de sua história. Em junho deste ano, […]

TV por assinatura no Brasil enfrenta queda histórica de assinantes e faturamento
O setor de TV por assinatura no Brasil atravessa uma das maiores crises de sua história. Em junho deste ano, o número de assinantes caiu para 7,1 milhões, uma retração de quase 23% em relação a junho de 2024, quando eram registrados 9,2 milhões.
Com a perda de clientes, o faturamento do setor recuou R$ 600 milhões em 12 meses, passando de R$ 3,3 bilhões para R$ 2,7 bilhões.
O declínio não ocorre por acaso. Diversos canais tradicionais estão desaparecendo: a Disney encerrou marcas como Disney Channel e National Geographic, mantendo apenas a ESPN; enquanto a Paramount unificou sua operação na América Latina, deixando a Nickelodeon com vinhetas em espanhol, remetendo aos anos 1990.
Além disso, eventos esportivos, antes grande diferencial da TV paga, migram para plataformas digitais. O YouTube tem atraído transmissões de peso, como da CazéTV, enquanto Amazon e Disney disponibilizam jogos importantes exclusivamente em seus serviços de streaming.
A Globo também segue essa tendência, mantendo o SporTV nas operadoras tradicionais, mas preparando o lançamento da GE TV no YouTube para o próximo mês, numa estratégia de disputar audiência e receita com plataformas digitais.
Entre mensalidades mais caras e opções digitais gratuitas ou mais acessíveis, a TV por assinatura enfrenta o desafio de se manter relevante, deixando de ser protagonista e lutando para não assumir o papel de coadjuvante no mercado audiovisual brasileiro.
(*) The News