A carência de conscientização da população e a falta de infraestrutura adequada são as principais causas da formação das chamadas […]

Transtornos: ‘lixeiras viciadas’ ainda são comuns no dia a dia de Manaus

A carência de conscientização da população e a falta de infraestrutura adequada são as principais causas da formação das chamadas “lixeiras viciadas”, em Manaus. Comuns nas saídas de becos, terrenos baldios e entornos de igarapés, o acúmulo de lixo irregular causa diversos transtornos para a população e o meio ambiente, entre eles a desvalorização de imóveis, a poluição e prejuízos à saúde.

O comerciante Wenrel Martins, de 22 anos, é morador da rua 14 de Janeiro, no bairro Petrópolis, Zona Sul de Manaus. O local é área de saída de dois becos, e há muito tempo, os moradores do entorno lidam com uma lixeira viciada que se formou e incomoda pelo mau cheiro, obstrução da rua, entre outros transtornos.

Wenrel conta que vive no local desde que nasceu, e lembra que o acúmulo de lixo irregular sempre foi um inconveniente da rua onde ele cresceu e mora até hoje. Segundo o comerciante, a prefeitura já tentou fazer a desativação da lixeira, mas o problema sempre acaba voltando, seja pela falta de conscientização da população ou por falta de infraestrutura adequada.
“O lixo invade a pista mesmo, o vizinho do lado reclama, porque às vezes fica tudo na frente da casa dele”, relatou o comerciante. “Para mim, a solução seria colocar uma lixeira bem grande, enorme mesmo, porque aquela que eles colocaram não suportou a quantidade de lixo que os moradores jogam. E tem a população do beco também, ali não tem estrutura pra isso, o carro do lixo não entra e os garis não vão até lá também”, disse.

(Foto: Arlesson Sicsú)

(Foto: Arlesson Sicsú)

A situação é parecida na avenida Beira Mar, no bairro Coroado, Zona Leste de Manaus, onde o acúmulo de lixo irregular é prática antiga do local, segundo os moradores.  A área é cortada por um igarapé de aproximadamente 2 km de extensão, e também possui becos em seu entorno.

Segundo um morador da área, o motorista Rosemir Pereira de Melo, de 61 anos, o acúmulo de lixo irregular é uma realidade da rua desde que ele foi morar ali. Vivendo no local há 38 anos, Rosemir relata que as lixeiras viciadas são fortalecidas também por moradores de outras áreas do bairro, que vão até lá descartar o lixo de forma irregular. Ele ressalta, porém, que também falta infraestrutura adequada no local.

“O lixo invade a pista e é um perigo para os carros que passam aqui, porque temos uma parada de ônibus quase em frente à lixeira, e aí o ônibus para, e quando o carro vem tem que passar pelo outro lado, e quando ele se depara está em cima da lixeira, aí ou ele tem que frear (uma freada brusca), ou tirar pra direita, e isso pode ocasionar um acidente como várias vezes já aconteceu”, relatou o morador.

Segundo o motorista, a coleta de lixo é feita todos os dias, e já houve ações de conscientização da população e tentativas de desativação da lixeira por parte dos órgãos públicos, porém o problema sempre retorna. Para ele, a solução seria uma estrutura maior para comportar o lixo produzido diariamente, e também conscientização da população em descartar o lixo de forma correta e em horário adequado.

Desativação bem sucedida

Na rua H, no bairro Ouro Verde, zona Leste da capital, a reportagem se deparou com uma área de desativação de lixeira viciada bem sucedida. No local, o acúmulo de lixo não é mais uma realidade. A área passou por serviços de limpeza, capinação e jardinagem, que tornou o local mais agradável à população.

Segundo o coordenador da coleta seletiva da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Luiz Paz, este ano, o trabalho de desativação de lixeiras viciadas foi feito em todas as zonas da cidade, principalmente, nos bairros Centro, Praça 14, compensa, São Raimundo e São José.

“No local, primeiramente, fazemos a coleta de resíduos, em seguida, conversamos com os moradores da área orientando sobre horário que o coletor passa. E por último, implantamos um jardim no local, ou buscamos colocar um coletor apropriado no ponto”, disse o coordenador da coleta seletiva da Semuslp.

O coordenador também destacou o serviço de coleta agendada da prefeitura, para o descarte de grandes objetos, que pode ser solicitado pela população. Para utilizar o serviço, é necessário entrar em contato com a Semulsp, por meio do WhatsApp (92) 98415-9563 ou 98459-5618, entre 8h e 16h, durante a semana.

Durante a solicitação é preciso informar quais os objetos serão recolhidos, enviando fotos, endereço da retirada, telefone para contato e nome da pessoa que vai acompanhar a equipe.

Com informações: A Crítica

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