Estados Unidos – O ex-presidente Donald J. Trump assinou, nesta quarta-feira (30), uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional […]

Tarifa de Trump contra o Brasil menciona Moraes e defende Bolsonaro
Estados Unidos – O ex-presidente Donald J. Trump assinou, nesta quarta-feira (30), uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, elevando a taxa total para 50%. A medida oficializa o chamado “tarifaço”, anunciado por Trump no dia 9 de julho.
No texto da ordem, Trump menciona diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele acusa Moraes de abusar de sua autoridade judicial para perseguir opositores políticos, proteger aliados e reprimir dissidências no Brasil.
— O ministro autorizou prisões, batidas policiais, congelamentos de contas bancárias, confisco de passaportes e detenção de pessoas sem julgamento por postagens em redes sociais. Além disso, abriu investigações criminais sem precedentes e emitiu ordens secretas a empresas de mídia social nos EUA — diz o documento.
Trump também afirma que Bolsonaro foi injustamente acusado pelo governo brasileiro por crimes relacionados ao segundo turno das eleições de 2022 e critica o STF por permitir o avanço das ações judiciais contra o ex-presidente.
Segundo ele, a alegada perseguição política no Brasil compromete o funcionamento das instituições democráticas e ameaça a realização de eleições livres e justas em 2026.
— O tratamento dado a Bolsonaro contribui para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil e representa um caso de intimidação motivada politicamente, além de abuso dos direitos humanos — afirma Trump.
Ainda segundo o republicano, as ações do governo brasileiro “conflitam com os valores morais e políticos de sociedades democráticas e livres” e “são incompatíveis com a política dos Estados Unidos”.
Reação brasileira
Após o anúncio do tarifaço, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um comitê interministerial para tratar do assunto. O grupo, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin — que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — tem se reunido com representantes do setor produtivo para avaliar os impactos da medida e buscar possíveis alternativas de resposta.
(*) Com informações: D24Am