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Suicídios aumentam 2,3% em 1 ano, e Brasil tem 1 caso a cada 46 minutos
O Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2016 – em média, um caso a cada 46 minutos. O número representa um crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior, quando 11.178 pessoas tiraram a própria vida. Os dados foram apresentados na manhã de quinta-feira (20), em Brasília, pelo Ministério da Saúde.
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A diretora da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, no entanto, estima que o numero seja maior. Em entrevista coletiva, ela citou “um subdiagnóstico de 20%”.
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O suicídio é, hoje, a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Entre os homens nesta faixa etária, é o terceiro motivo mais comum; entre as mulheres, o oitavo.
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As vítimas
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Nos recortes apresentados pelo ministério, a maior taxa de mortes por suicídio a cada 100 mil habitantes é entre indígenas – 15,2 casos por 100 mil. Entre os homens, o número chega a 23,1; entre as mulheres, a 7,7.
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De acordo com o Ministério da Saúde, 44,8% dos suicídios indígenas em 2016 ocorreram na faixa etária de 10 a 19 anos.
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“Não é só no Brasil, isso [alto suicídio indígena] também ocorre nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia. Você tem várias causas e vários determinantes que são muito mais complexos do que o da população não indígena”, afirmou Fátima.
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A taxa de suicídio a cada 100 mil habitantes chegou a 9,2 entre os homens, um aumento de 28% em uma década. Entre as mulheres, a taxa é de 2,4.
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“O desemprego também tem sido um fator de risco das tentativas de suicídio. Uma análise que a gente ainda vai melhorar é a de determinadores sociais, como também é a da violência de gênero contra as mulheres”, disse Fátima Marinho.
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Como combater
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Estudos do ministério apontaram que o risco de suicídio é reduzido em 14% em municípios com a presença de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). “A política de saúde mental é um fator de proteção”, declarou a diretora.
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“Existem políticas públicas que podem prevenir, precisamos melhorar e proteger mais as populações mais expostas.”
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O custo do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações hospitalares causadas por autointoxicação intencional é, em média, de R$ 3 milhões ao ano. Segundo Fátima Marinho, o valor seria equivalente à construção e aos custeio de 8 CAPS por ano.
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Em um ano, 109 novos CAPS foram implementados no país, em decorrência da ampliação da Política Nacional de Saúde Mental. Os estados mais beneficiados foram Minas Gerais (31 centros), São Paulo (16) e Paraná (9). Com as inaugurações, o país passou a ter 2.645 CAPS.
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Entre as ações em andamento, o ministério informou que tem elaborado as Diretrizes Nacionais de Vigilância em Saúde Mental Relacionada ao Trabalho, um documento com informações sobre suicídio influenciado pelo ambiente de trabalho.
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O Ministério da Saúde também lançou umapágina temática com sinais de alerta para saber agir e prevenir diante do problema.
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Ligação gratuita
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As ligações de prevenção de suicídio feitas para o Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do número 188, passaram a ser gratuitas para todo o Brasil desde 1º de julho, após assinatura de um convênio com o Ministério da Saúde.
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O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha com prevenção ao suicídio, por meio de voluntários que dão apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar. Eles recebem treinamento adequado e não precisam ter formação em psicologia. Todas as ligações são sigilosas.
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Em 2018, o CVV espera mais de 2,5 milhões de atendimentos pelo número 188.
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*Fonte: Portal G1
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