Rio de Janeiro – O uso das tradicionais três listras da marca Adidas, reconhecidas mundialmente como símbolo esportivo, tem se […]

Símbolo da Adidas vira motivo de alerta em áreas dominadas por facções
Rio de Janeiro – O uso das tradicionais três listras da marca Adidas, reconhecidas mundialmente como símbolo esportivo, tem se tornado motivo de preocupação e risco em algumas regiões do Brasil. Em cidades como Salvador e Rio de Janeiro, a logomarca passou a ser associada a facções criminosas, gerando ameaças a moradores e comerciantes.
O problema está na interpretação do símbolo como um código de pertencimento a grupos rivais. Em áreas conflagradas, usar uma roupa da Adidas pode ser visto como provocação, transformando uma simples escolha de vestuário em um possível motivo de conflito.
Em Salvador, o símbolo das três listras — apelidado de “três” — teria sido associado ao Bonde de Maluco (BDM). Já em zonas sob influência do Comando Vermelho (CV), identificado com o número “dois”, moradores relataram ter sido advertidos por vestirem roupas da marca alemã.
Um comerciante contou ao portal Correio que foi abordado na Rua Pará, após usar uma camiseta da marca:
“Ele disse: ‘aí é três e aqui nós somos dois. Cuidado’. Troquei e voltei a trabalhar. Me senti ameaçado”, relatou.
Situação semelhante ocorre no Rio de Janeiro, onde as três listras são associadas ao Terceiro Comando Puro (TCP). Em territórios dominados por facções rivais, o uso de camisetas, bonés ou tênis da Adidas pode ser interpretado como sinal de ligação a grupos inimigos.
Embora não exista qualquer proibição oficial, autoridades de segurança têm emitido alertas preventivos sobre o risco dessa associação simbólica. A recomendação é evitar o uso da marca em áreas de risco, como forma de garantir a própria segurança e não ser confundido com integrantes de facções criminosas.
(*) D24Am