O Ministério dos Direitos Humanos por meio da Secretaria Nacional de Politicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) solicitou agenda […]

Seppir se reúne com PUC-Rio para apurar casos de racismo

O Ministério dos Direitos Humanos por meio da Secretaria Nacional de Politicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) solicitou agenda institucional com a Reitoria da Pontífice Universidade Católica (PUC-Rio), nesta quinta-feira (7), para apurar os crimes de racismo ocorridos na instituição no último final de semana.

O Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, pedirá esclarecimentos sobre os casos de racismo praticados pela torcida da PUC-Rio ocorridos durante os Jogos Jurídicos em Petrópolis. A reunião será acompanhada pela Secretaria de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania do Rio de Janeiro.

Segundo relatos divulgados em redes sociais, alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) foram os principais alvos.

Outros dois casos de racismo também foram praticados anteriormente por torcedores/alunos da PUC-Rio. No primeiro, uma casca de banana foi jogada na quadra de esportes contra um atleta negro; no segundo caso, uma aluna foi chamada de macaca, fazendo com que os coletivos negros Patrice Lumumba (Uerj), Caó (UFF) e Cláudia Silva Ferreira (UFRJ – FND), cobrassem uma medida mais efetiva.

Além da retirada do título de campeão geral da competição, a suspensão de um ano e a não participação nos próximos Jogos Jurídicos, os representantes do movimento negro das instituições pedem a identificação dos autores dos crimes.

“Nossos canais de denúncia – Disque 100 e Proteja Brasil – estão a inteira disposição da sociedade para o registro dessas e de outras violações de direitos. Ainda estamos longe do ideal de respeito à cultura afro-brasileira, mas vamos intensificar nossas ações a fim de eliminar a chaga do racismo que lamentavelmente persiste em nossa sociedade”, destacou o Ministro dos direitos Humanos, Gustavo Rocha.

Repúdio

Em total apoio aos alunos ofendidos e repúdio as tais violações de direitos, a Seppir que tem como objetivo formular, coordenar e articular políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial, torna público seu compromisso institucional com a juventude negra.

Juvenal Araújo acredita que o mais grave se configura na postura passiva da reitoria em não apurar os atos anteriores e na punição avaliada meramente como simbólica, visto não estar a altura do crime cometido.

“Todos os crimes de racismo devem ser punidos com penas que sirvam de medida reparatória e exemplar para toda sociedade brasileira”, frisou Araújo.

O Ministério dos Direitos Humanos por meio da Seppir é o órgão que realiza o monitoramento das políticas públicas de promoção da igualdade racial para jovens negros e negras, com o objetivo de fomentar as oportunidades de inclusão social, autonomia e desconstrução da cultura de violência.

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