O Boi-Bumbá Caprichoso inicia na noite desta sexta-feira (27) a disputa pelo tão sonhado tetracampeonato do Festival Folclórico de Parintins. […]

(Foto: Daniel Brandão/A CRÍTICA)

Saiba o que o Caprichoso preparou para a primeira noite de apresentação no Bumbódromo

O Boi-Bumbá Caprichoso inicia na noite desta sexta-feira (27) a disputa pelo tão sonhado tetracampeonato do Festival Folclórico de Parintins. Para conseguir o inédito feito, o Touro Negro da Amazônia irá apresentar o espetáculo “É Tempo de Retomada”, que será dividido em três partes, sendo a primeira, a desta noite, intitulada “Amyipaguana: retomada pelas lutas”.

Abrindo a apresentação, o Bumbá apresentará a lenda amazônica ‘Yurupari: da demonização à retomada indígena’, baseada na toada de Ronaldo Barbosa e Ronaldo Barbosa Jr., ‘Yurupari: o Legislador’, e que terá uma alegoria de autoria do artista Roberto Reis.

“Com Amyipaguana, queremos retomar nossas crenças indígenas outrora demonizadas, colonizadas e que hoje são narradas em seu verdadeiro sentido pelos povos que seguem em devoção a Yurupari. ‘Yurupari’ é/foi o nome dado pelos missionários religiosos que O difamaram e O demonizaram, com o intuito de fazer os indígenas daquela região, politeístas, aceitarem um só deus e converterem-se ao catolicismo pelo medo”, justifica a comissão de artes do bumbá em seu projeto de arena.

Em seu segundo ato na noite desta sexta-feira, o Boi Caprichoso irá apresentar a figura típica regional ‘Majés – As Senhoras da Cura’, baseada na toada de mesmo nome e que terá a alegoria dos irmãos Preto e Paulo Pimentel.

“Nossa Figura Típica Regional vai homenagear estas mulheres da Amazônia, filhas da floresta, sabedoras e contadoras das histórias das gentes e cipós, galhos e árvores, troncos e folhas, esperanças de doentes em processos de cura. Em cada conselho e palavra de afago, em cada costela ‘desmentida’, em cada puxada e repuxada oriunda do conhecimento ancestral e milenar, mora o saber das Majés”, aponta.

Encerrando a apresentação, haverá o ‘Ritual Tupinambá: a retomada da verdade originária’, também baseado em uma toada dos compositores Ronaldo Barbosa e Ronaldo Barbosa Jr. e com uma alegoria do artista Jucelino Ribeiro.

“Confiantes no Manto Tupinambá e nos filhos e filhas dele, que com/por Ele falam, decidimos recontar a história colonizada e, diante dos olhos do mundo, deixar que o Povo Tupinambá se revele, reescrevendo a arte do modo como a entendem. Não estranhem quando, em um determinado momento do rito colonizado, o cenário mude e a reescrita da história seja feita”, diz trecho do projeto de arena do Bumbá.

(*) Com informações: A Crítica

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