Antártida – Sessenta e cinco anos após desaparecer em um acidente na Ilha Rei George, os restos mortais do britânico […]

(Foto:Divulgação/Pesquisa Antártica Britânica (BAS)

Restos mortais de explorador britânico desaparecido em 1959 são encontrados na Antártida

Antártida – Sessenta e cinco anos após desaparecer em um acidente na Ilha Rei George, os restos mortais do britânico Dennis Bell, de 25 anos, foram encontrados no pé da Geleira Ecology. A descoberta, feita por uma expedição polonesa em janeiro deste ano e confirmada recentemente pelo Instituto de Pesquisa Antártica Britânica (BAS), só foi possível devido ao derretimento do gelo, acelerado pelas mudanças climáticas.

Bell, apelidado de “Tink”, nasceu em 1934, em Harrow, no noroeste de Londres, e se destacou por seu espírito aventureiro, humor irreverente e amor por cães husky. Meteorologista formado após servir na Força Aérea Real (RAF), ele integrou o Levantamento das Dependências das Ilhas Malvinas (FIDS), antecessor do BAS, e em 1958 foi enviado para uma missão de dois anos na base britânica em Admiralty Bay, a cerca de 120 km da Península Antártica.

Em 26 de julho de 1959, durante uma expedição com o colega Jeff Stokes, Bell caiu em uma fenda de cerca de 30 metros. Houve uma tentativa de resgate com cordas e ajuda dos cães, mas o cinto que o sustentava rompeu e ele despencou novamente, desaparecendo para sempre sob o gelo.

A equipe polonesa que localizou os restos mortais encontrou também objetos pessoais, como um relógio, um rádio, um cachimbo e equipamentos de expedição. O material foi resgatado em quatro operações arriscadas, transportado até as Ilhas Malvinas e, depois, para Londres, onde testes de DNA realizados pelo King’s College confirmaram a identidade, com base em amostras de familiares.

Para David Bell, irmão de Dennis, a notícia trouxe alívio e surpresa: “Eu já tinha desistido de encontrar meu irmão. É simplesmente extraordinário. Dennis era meu herói”. Ele e a irmã, Valerie, planejam realizar uma cerimônia em memória do explorador, encerrando uma espera que durou mais de seis décadas.

Segundo o Fundo Britânico do Monumento Antártico, desde 1944, outras 29 pessoas já perderam a vida em missões científicas no Território Antártico Britânico.

(*) Com informações: D24Am

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