Registro de responsabilidade técnica é o ponto para descobrir a causa do desabamento de sacadas na última sexta-feira (13)

Na última sexta-feira (13), cinco sacadas de um edifício residencial desabaram em Balneário Camboriú (SC). A Defesa Civil apontou como hipóteses para o desabamento, desde o uso inadequado de materiais até problemas com conservação. Casos como esse se assemelham ao que ocorreu no início do ano passado, onde um menino de 12 anos morreu ao ser esmagado por uma marquise na Zona Leste de Manaus.nnPara a arquiteta e urbanista Melissa Toledo, tanto o caso do desabamento das sacadas em Santa Catarina, como o de Manaus, são situações que podem ser evitadas, mas acima de tudo deve se averiguar quem foi o responsável técnico pelo projeto e execução da obra.nn”Quando a defesa civil coloca que uma das hipóteses é o uso inadequado de materiais, o primeiro passo é olhar o RRT (Registro de responsabilidade técnica) e o ART (Anotação de responsabilidade técnica) onde o profissional é responsável perante o seu conselho e passa a ser fiscalizado dentro das suas atribuições de competências. Podendo ser o Engenheiro Civil ou o Arquiteto e Urbanista”, declarou Melissa.nnA arquiteta ressalta ainda a importância da utilização da RRT para comprovar assim a responsabilidade de planos, projetos, obras e serviços. Comprova ainda o desempenho de cargo e função de órgãos públicos e privados e a prestação de serviço entre o profissional e o cliente.nn”Esse registro tem valor legal em casos de disputas judiciais envolvendo o exercício profissional. Por isso que esse caso do desabamento das sacadas é necessário uma pericia técnica no projeto, na execução de obras com todos os envolvidos, mesmo que sejam profissionais vinculados a uma construtora”, concluiu Melissa.nnDependendo da conclusão das investigações, o profissional que assinou a RRT pode ter seu registro suspenso se for apontado irregularidade.