Os moradores do Acre têm suas próprias versões dessa sinistra lenda urbana que tem assombrado Rio Branco por décadas. É […]
Quinta Misteriosa: A lenda da boate Lua Azul
Os moradores do Acre têm suas próprias versões dessa sinistra lenda urbana que tem assombrado Rio Branco por décadas. É conhecida como a terrível história da boate Lua Azul, um local que continua a ser mencionado em sussurros e com um arrepio na espinha. Os relatos variam, mas uma coisa é certa: quem cresceu nesta cidade já ouviu falar ou mesmo temeu o misterioso homem que adentrou a boate, conduziu uma mulher a uma dança hipnotizante e, em seguida, desapareceu nas sombras da noite.
O ano era 1990, uma década que ainda ecoa com suspeitas e segredos não revelados. A recém-inaugurada boate Lua Azul era um ímã para os jovens em busca de diversão, mas aquele fatídico dia mudaria a vida de muitos para sempre. Um homem, de beleza perturbadora, apareceu na pista de dança, emanando uma aura sombria que parecia hipnotizar a todos à sua volta. Aqueles que testemunharam sua presença juram que seus olhos brilhavam como brasas do inferno.
Ele escolheu uma jovem desavisada como sua parceira de dança, e a música se tornou um cântico sinistro, uma trilha sonora macabra para um ritual misterioso. O homem e a mulher giravam na pista de dança como marionetes enfeitiçadas, enquanto os outros frequentadores da boate assistiam impotentes, petrificados pelo que viam.
Os minutos pareciam horas, e a atmosfera da boate Lua Azul ficava cada vez mais pesada. Até que, num piscar de olhos, o homem e sua parceira desapareceram diante dos olhos incrédulos dos presentes. Alguns dizem que eles se dissolveram em uma névoa escura, outros que foram arrastados para as profundezas do submundo, a mulher foi encontrada dias depois próximo a um matagal.
A história sombria ganhou vida própria, e a tragédia que se seguiu àquela dança maldita se espalhou como fogo selvagem. A mulher, segundo a lenda, teria sido consumida pela loucura e se internado em um hospício, onde sua mente se desfez lentamente. Dias depois, ela morreu em circunstâncias misteriosas, com um olhar de pavor eternizado em seu rosto.
Desde então, a boate Lua Azul foi abandonada e esquecida, tornando-se um local amaldiçoado onde a presença do mal parece pairar permanentemente. O que aconteceu naquela noite sombria permanece um mistério, mas a lenda da boate Lua Azul continua a assombrar os sonhos dos habitantes de Rio Branco, lembrando-os de que o mal pode se esconder nas sombras mais profundas, esperando para reivindicar sua próxima vítima.
Sid Sheldowt é Escritor, Poeta e Compositor Amazonense