Subiu para 42 o número de mortos vítimas da queda da Ponte Morandi, em Gênova (Itália) na última terça-feira. O […]
Queda da ponte em Gênova: famílias culpam o governo
Subiu para 42 o número de mortos vítimas da queda da Ponte Morandi, em Gênova (Itália) na última terça-feira. O corpo foi encontrado hoje (sábado) nos escombros. Na sexta-feira (17), 19 das primeiras 41 vítimas encontradas foram sepultadas em uma cerimônia bancada pelas autoridades, que acusam a empresa que cuidava da ponte pelo acidente. Ao mesmo tempo, a população e familiares de algumas das vítimas acusam o governo pela tragédia, o que fez várias optarem por uma cerimônia particular.
Com base em informações preliminares, as autoridades italianas suspeitam que o acidente ocorreu após a ruptura de um dos cabos de aço da ponte.
Pelo menos cinco mil pessoas participaram do funeral público, que contou com a presença do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, do presidente, Sergio Mattarella, além de jogadores de futebol dos times da cidade, Gênova e Sampdoria, que tiveram suas partidas adiadas por luto. A maioria dos caixões foram cobertos com rosas brancas e as bandeiras dos países de origem das vítimas. Além dos italianos, foram sepultados dois albaneses, um chileno, um peruano, um colombiano e quatro franceses.
Os principais monumentos de Roma, como o Coliseu, a Fontana di Trevi e a Praça do Campidoglio, tiveram suas luzes apagadas em homenagem às vítimas.
Já os parentes das outras vítimas, que preferiram uma cerimônia particular, tacharam o funeral público de “farsa”. “Não queremos uma cerimônia que seja uma farsa”, escreveu nas redes sociais Roberto, pai de Giovanni Battiloro, um dos quatro jovens do município de Torre del Greco, em Nápoles, que se dirigiam de carro para Barcelona para passar férias.
“Meu filho não se transformará em um número na lista de mortes provocadas por uma falta de eficiência italiana”, acrescentou, ao mesmo tempo que pediu justiça.
Além de Roberto, Nunzia, mãe de Gerardo Esposito, outro dos quatro amigos napolitanos, apontou aos veículos de imprensa que “o Estado causou isto” e disse que “a visita de políticos foi vergonhosa”.
*Com informações de assessorias
