Postos de combustíveis de Manaus estão cobrando R$ 0,84 a mais no preço da gasolina comum, chegando a R$ 6,49, […]
Postos de Manaus aumentam gasolina em R$ 0,84, mesmo sem refinaria subir valor
Postos de combustíveis de Manaus estão cobrando R$ 0,84 a mais no preço da gasolina comum, chegando a R$ 6,49, mesmo após a Refinaria da Amazônia (Ream) anunciar, na última sexta-feira (6), que manteria o valor do combustível em R$ 3 para as distribuidoras, preço que está em queda e vem sendo praticado desde 15 de dezembro de 2023.
Na última semana de 2023 e na primeira semana de janeiro, o mesmo combustível podia ser encontrado por valores entre R$ 5,65 a 5,75 em Manaus. A variação era incomum para postos que costumam oferecer o combustível a valores similares ou idênticos.
O novo preço, de R$ 6,49, pegou os consumidores de surpresa. Entre eles, o motorista de aplicativo Jean Márcio Couto, de 42 anos.
Segundo o trabalhador, essa variação compromete seus lucros. “Já fazemos corridas em excesso, às vezes com preços que não compensam. Temos que tirar nossos custos e suar pelo lucro. Então, quando a gasolina está do ‘nosso lado’, isso facilita, mas não parece ser o caso. Acho que os donos de postos também querem aumentar essa margem de ganhos”, comenta Jean.
Preços e alternativas
A economista Denise Kassama explica que a questão dos preços dos combustíveis não tem um embasamento preciso para tabelar os preços. “O que podemos entender é que os postos querem recompor a margem de lucro deles, por isso o preço sobe dessa forma”, explica.
Kassama também dá dicas que podem ajudar os motoristas a equilibrar as contas e comparar se abastecer com gasolina pode ou não valer a pena, considerando a flutuação dos valores.
No Amazonas, o órgão especializado em fiscalizar possíveis preços abusivos é o Instituto de Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon). As ações em postos de combustíveis já fazem parte da rotina do órgão, que, apesar de não ter atribuição constitucional para determinar preços de quaisquer produtos ou serviços, atua para coletar informações e verificar se a alta do valor condiz ou não com a atual realidade do mercado.
A reportagem procurou o diretor-presidente do órgão, Jalil Fraxe, mas não houve retorno até o fechamento deste texto. Também houve tentativa de contato com o Sindicato dos Varejistas de Combustíveis do Amazonas (Sindicombustíveis), mas também sem retorno. O espaço continua aberto para manifestações.
*Com informações: A Crítica