A internet vem se tornando nos últimos anos o principal meio utilizado pelos pedófilos como forma de aproximação e assédio. […]

Pedófilos usam redes sociais como primeiro contato para assediar crianças e adolescentes

A internet vem se tornando nos últimos anos o principal meio utilizado pelos pedófilos como forma de aproximação e assédio. Segundo a Sefernet, entidade que combate crimes e violações virtuais aos direitos humanos, foram recebidas no ano passado mais de 13 mil mensagens sobre aliciamento de crianças, justamente pelo contato com o agressor geralmente acontecer pelas redes sociais, levantando um dado que nos revela que Uma a cada Cinco crianças e adolescentes (20%) que utilizam internet no Brasil dizem já ter visto imagens ou vídeos com conteúdo sexual, sendo que18% receberam esse tipo de conteúdo por meio de mensagens em suas redes socais.nn

Um estudo recente mostra que 17% das crianças e adolescentes que acessam a internet no país tiveram contato pessoal com alguém que conheceram no ambiente virtual. foto: Divulgação
nn nnJuliana Cunha, coordenadora psicossocial da Safernet diz o seguinte: “Muitas vezes as crianças demoram a perceber que tem algo de errado acontecendo”, e complementa, “Acham que de repente estão conversando com um amigo da mesma idade, esse amigo pode pedir alguma imagem. Não necessariamente ela percebe que aquilo se trata de uma violência.”.nnO ambiente do universo virtual é um prato cheio para a ação dos pedófilos, e o pesadelo para os pais, que muitas vezes não tem o controle sobre o conteúdo que os filhos estão vendo, ou mesmo com quem estão interagindo, segundo a polícia cada vez mais crianças são abordadas e induzidas a produzir material pornográfico. A maioria acaba sendo vítima de chantagem, sem que os pais sequer desconfiem, e mesmo, muitas vezes por pessoas da própria família.nn“A inocência da criança permite que o sujeito vá se aproximando até um momento que ela percebe que não vai conseguir mais sair desse laço que ele a prendeu. Ela está ali presa, e com medo com que os pais tomem ciência do que ela trocou, falou”, diz Rodrigo Sanfurgo, delegado da Polícia Federal. “Mesmo que ele não tenha contato, ele acaba obrigando a criança a praticar atos sexuais e depois ele tem acesso a isso e compartilha.”nn“Se tem tanto material desse tipo na internet é porque essas crianças em algum momento foram abusadas. Elas foram abusadas porque estavam vulneráveis de alguma forma. E alguém abusou. E existe uma indústria para isso”, afirma Renata Andrade Lotufo, juíza da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo.nnUm estudo recente mostra que 17% das crianças e adolescentes que acessam a internet no país tiveram contato pessoal com alguém que conheceram no ambiente virtual.nn“Ao mesmo tempo em que a tecnologia se tornou onipresente e possibilitou às crianças buscarem ajuda com os pais e os colegas, ou em canais especializados, a onipresença da rede no nosso cotidiano meio que apagou a fronteira entre o público e privado”, diz Thiago Tavares Nunes de Oliveira, presidente da Safernet.nnO desafio dos pais é tentar achar o equilíbrio entre a proibição e a moderação, sem afetar a liberdade dos filhos que praticamente respiram modernidade e dificilmente conseguem viver longe de tanta tecnologia e interatividade que acompanha toda uma geração, possibilitando inúmeras oportunidades de aprendizado, como também problemas para a vida toda.nn“Quando a gente fala: ‘não aceita bala de estranhos’ pros filhos, a coisa vai muito além disso agora com a internet. Porque hoje em dia qualquer um faz um perfil falso, pega a foto de um cara parecendo um Justin Bieber da vida, pega o perfil falso no Facebook, pede pra adicionar uma menina de 10 anos, começa a falar tudo o que ela quer ouvir e quando ela vê já está super envolvida e pode ser enredada numa coisa dessas”, diz a juíza Renata Lotufo.nnCom informações da fonte: Portal G1

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