A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), apresentou em coletiva de imprensa […]

FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM

PC-AM apreende 50 quilos de cocaína, incluindo cocaína negra, em mansão na Ponta Negra

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), apresentou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (20/10) a apreensão de 16 quilos de cocaína comum e 34 quilos de cocaína negra em uma mansão de luxo no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus. O material apreendido representa um prejuízo estimado em R$ 19,5 milhões para o crime organizado.

O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, destacou que a apreensão da cocaína negra chamou atenção, pois a droga passa por um processo químico de modificação que a torna indetectável por cães farejadores e reagentes utilizados em testes preliminares.

“O valor aproximado de cada quilo desse tipo de cocaína está estimado em 100 mil dólares, muito acima do normal. Essa droga seria exportada para o exterior dentro de quadros e cadeiras encontrados na residência, mas, graças ao trabalho eficiente da Polícia Civil, conseguimos descobrir todo o esquema de ocultação antes que o entorpecente deixasse o país”, explicou o delegado.

De acordo com o delegado Rodrigo Torres, as diligências ocorreram na sexta-feira (17/10), após cerca de 30 dias de investigação iniciada a partir de uma denúncia de que o imóvel era usado como ponto de armazenamento e distribuição de drogas. Após a averiguação, foi solicitado mandado de busca e apreensão para a residência.

“No local, encontramos um homem e uma mulher, de 51 e 45 anos, responsáveis pelo material. Inicialmente, foram apreendidos os 16 quilos de cocaína comum, avaliados em aproximadamente R$ 1,2 milhão, além de cadernos com anotações sobre o tráfico, que indicavam que havia mais drogas escondidas nos quadros e cadeiras”, afirmou o delegado.

Posteriormente, a equipe retornou ao local e localizou os 34 quilos de cocaína negra em fundos falsos dos móveis. A droga, proveniente do Peru, seria enviada para a Austrália, avaliada em 1,5 mil dólares por quilo, enquanto o casal receberia R$ 3 milhões como pagamento pelo transporte.

“Para enganar as autoridades, os criminosos adicionam substâncias como carvão à droga, que depois é revertida ao estado original. Trata-se de um entorpecente de alto valor comercial – os 34 quilos apreendidos estão estimados em R$ 18,3 milhões –, difícil de detectar, mas mais fácil de exportar”, detalhou o delegado.

A última apreensão de cocaína negra no Amazonas havia ocorrido em 2019, quando 25 quilos foram encontrados em Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus.

O casal foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico, já possui antecedentes criminais e foi encaminhado à audiência de custódia no mesmo dia. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.

O prejuízo total causado ao crime organizado com esta apreensão é estimado em R$ 19,5 milhões.

 

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