“Ozempic brasileiro”: Novos medicamentos Olire e Lirux chegam ao mercado com produção nacional

Chegam às farmácias nesta segunda-feira (4) os medicamentos Olire e Lirux, desenvolvidos pela farmacêutica EMS para o tratamento de obesidade e diabetes tipo 2, respectivamente. Produzidos no Brasil, os dois fármacos utilizam a liraglutida como princípio ativo — mesma substância presente nos já conhecidos Saxenda e Victoza, cuja patente caiu recentemente no país — e são considerados versões nacionais de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, ganhando popularidade como o chamado “Ozempic brasileiro”.

A liraglutida é um análogo do GLP-1, hormônio que atua no controle do apetite e da glicemia. Segundo a EMS, a tecnologia usada na produção das canetas injetáveis segue os padrões da FDA e garante alto grau de pureza na cadeia peptídica. Ao contrário da semaglutida (presente no Ozempic), que exige aplicação semanal, a liraglutida requer uso diário: até 1,8 mg no caso do Lirux e 3 mg no Olire. As apresentações variam de uma a dez canetas por embalagem.

O Olire é recomendado para pessoas com obesidade ou sobrepeso (IMC acima de 27) e alguma comorbidade associada, como hipertensão ou diabetes tipo 2. Já o Lirux é indicado para o controle glicêmico em adultos e crianças a partir de 10 anos com diabetes tipo 2, quando dieta e exercícios não são suficientes.

Estudos apontam que o Olire pode proporcionar perda de peso entre 8% e 10% em até um ano, sendo uma alternativa viável mesmo com potência inferior à semaglutida ou tirzepatida. Os preços partem de R$ 307,26 por uma caneta, podendo ultrapassar os R$ 760, dependendo da embalagem. A expectativa da EMS é disponibilizar 250 mil unidades até o fim do ano e alcançar meio milhão até agosto de 2026.

(*) Com informações: CNN Brasil