Por: Lucélio Lobato Em janeiro de 2021, em meio à pandemia global de COVID-19, o estado do Amazonas enfrentou uma […]
O Pulmão da Amazônia Pede Socorro Novamente
Por: Lucélio Lobato
Em janeiro de 2021, em meio à pandemia global de COVID-19, o estado do Amazonas enfrentou uma crise sem precedentes que comoveu o mundo. As imagens de hospitais sobrecarregados e a angustiante falta de oxigênio em plena floresta amazônica ecoaram em todos os cantos do planeta. A tragédia foi um grito de socorro do Amazonas, que enfrentava sua maior crise sanitária. Vidas foram perdidas e, o que é mais preocupante, essa tragédia era previsível e, de certa forma, anunciada.
Agora, em 2023, o pulmão do mundo, como é carinhosamente chamada a Amazônia, volta a clamar por ajuda. O ciclo da natureza impõe um novo desafio para a região: o período de seca. Todos os anos, a Amazônia enfrenta essa estação de estiagem, mas desta vez, a situação se agrava dramaticamente. O excesso de fumaça e os incêndios florestais assolam a região de forma alarmante. A Amazônia está sufocando, e a resposta das autoridades e órgãos fiscalizadores tem sido, até o momento, insuficiente e ineficaz.
O Círculo Vicioso da Crise Ambiental
A seca na Amazônia não é uma novidade. É uma parte natural do ciclo da floresta tropical, uma estação em que a região enfrenta um período de menor precipitação pluviométrica. No entanto, nos últimos anos, temos testemunhado um agravamento preocupante dessa situação. O desmatamento descontrolado, a exploração irresponsável dos recursos naturais e a falta de fiscalização rigorosa criaram um ciclo vicioso de degradação ambiental.
Com o aumento das atividades humanas, como o desmatamento ilegal e as queimadas para expansão agrícola, a Amazônia se tornou mais vulnerável ao fogo. O desmatamento enfraquece a capacidade da floresta de reter a umidade, tornando-a mais suscetível à seca e às chamas. Quando a estação seca chega, o resultado é uma tragédia anunciada.
A Ineficácia das Ações Atuais
O que mais preocupa é a falta de ação efetiva das autoridades competentes. A seca amazônica é previsível e, portanto, deveria ser um período em que medidas preventivas e de combate aos incêndios estivessem em pleno vigor. No entanto, o que vemos é um cenário alarmante de ineficácia.
Os órgãos fiscalizadores parecem estar em falta, e as políticas ambientais estão longe de serem adequadas para proteger o maior tesouro natural do Brasil e do mundo. A Amazônia é muito mais do que uma floresta; é uma parte essencial da estabilidade climática global e abriga uma riqueza incomparável de biodiversidade.
Um Chamado à Ação Global
Diante dessa crise em curso, é urgente que o Brasil e a comunidade internacional tomem medidas imediatas e eficazes para proteger a Amazônia. Não podemos ignorar o clamor do “pulmão do mundo” enquanto ele luta para respirar.
É crucial:
- Reforçar as operações de fiscalização e aplicar rigorosamente as leis ambientais.
- Investir em tecnologias de monitoramento e alerta precoce para incêndios florestais.
- Promover práticas agrícolas sustentáveis e desestimular o desmatamento ilegal.
- Engajar a sociedade civil e as organizações ambientais na proteção da Amazônia.
A situação atual é alarmante, mas ainda há tempo de agir. O pulmão da Amazônia pede socorro novamente, e é nosso dever responder a esse chamado, não apenas em nome do Brasil, mas em nome de todo o planeta. O destino da Amazônia está intrinsecamente ligado ao futuro da humanidade e à saúde de nosso planeta.
Lucélio Lobato é Empreendedor e Gestor Corporativista