“Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a […]
O “Pálido Ponto Azul”
“Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram suas vidas”.nnA frase acima é de Carl Sagan, astrônomo americano considerado uma das principais referências da divulgação e popularização da ciência no século 20. O comando para que a sonda virasse a câmera para dentro do sistema solar partiu dele, há exatos 30 anos, minutos antes da Voyager 1 partir solitariamente para o espaço interestelar.nnDistante 6 bilhões de quilômetros, a sonda registrou imagens não só da Terra, mas de todos os planetas do Sistema Solar, e claro, do nosso Sol.nnA fotografia tirada tão distante, mostrou o nosso mundo de uma forma nunca vista antes, um ponto minúsculo inserido num imenso pano de fundo de espaço “vazio”, solitário e vulnerável, “um grão de areia muito pequeno em uma enorme arena cósmica”, como bem descreveu Carl Sagan.nnPara Sagan, a icônica imagem jogava por terra a demasiada e frágil presunção humana como centro do Universo.nn”Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo. Para mim, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o “pálido ponto azul”, o único lar que conhecemos até hoje”.