Nissan enfrenta risco de colapso e busca investidor para sobreviver

O futuro da Nissan está em jogo. Segundo um executivo de alto escalão da montadora, a empresa tem apenas 14 meses para encontrar um novo investidor de grande porte, ou pode enfrentar dificuldades que colocariam sua sobrevivência em risco.

Parte da crise está ligada à redução da participação da Renault, sua parceira comercial. A montadora francesa, que já detinha 43% da Nissan, agora possui menos de 36% e planeja vender mais ações, enfraquecendo a aliança que sustentava parte das operações da companhia japonesa.

A situação da Nissan é agravada por quedas acentuadas nas vendas na China e nos Estados Unidos, dois mercados cruciais. Como resultado, a empresa anunciou cortes de 9 mil empregos e uma redução de 20% na produção para o próximo ano. O impacto financeiro é evidente: a Nissan registrou um prejuízo de US$ 62 milhões no último trimestre, em contraste com o lucro de US$ 1,2 bilhão no mesmo período do ano passado.

Na busca por alternativas, a Nissan tem sondado uma possível parceria com a Honda, que já está avançada no desenvolvimento de carros elétricos e soluções de software. No entanto, o cenário competitivo também é desafiador, com as montadoras chinesas dominando o mercado global. Empresas como a BYD se destacam na produção de baterias acessíveis e na capacidade de fabricar em larga escala, consolidando a liderança da China na indústria automotiva.

Enquanto tenta superar os obstáculos, a Nissan precisa urgentemente de uma reviravolta estratégica para garantir sua relevância em um mercado que não perdoa falhas.