Era madrugada do dia 31 de dezembro de 2018 quando a dona de casa Débora Ferreira de Sena, de 40 […]
Mulher dá à luz no chão de maternidade e família relata negligência médica
Era madrugada do dia 31 de dezembro de 2018 quando a dona de casa Débora Ferreira de Sena, de 40 anos, deu à luz ao seu sexto filho: um menino. A família dela, no entanto, conta que o parto foi realizado de forma “desumana”. Em um vídeo gravado pela própria família, a mulher aparece em trabalho de parto no chão de um corredor da Maternidade Ana Braga, na Zona Leste de Manaus. Familiares denunciaram o descaso e a falta de auxílio médico durante o parto.
O caso teve início por volta das 1h30 da madrugada do dia 31. A gestante sentiu as primeiras dores e foi levada pelo irmão, Robson Maciel, de 33 anos, até a maternidade. Ao chegarem à unidade, ouviram do médico que as dores eram “normais”. Horas depois, a bolsa estourou.
Ao retornarem à unidade, com o auxílio de uma cadeira de rodas, a mulher foi levada até o consultório médico. Informaram então, que a gestante seria atendida apenas às 6h.
A família conta que após pedir ajuda por mais de meia hora, a grávida precisou deitar no chão e, ali mesmo, entrou em trabalho de parto.
“Chamamos e ninguém foi prestar socorro. Então minha irmã pediu para eu deitar ela no chão, sendo que ela já tinha perdido muito líquido, não estava mais aguentando e o bebê já ia nascer. A gritaria de outras mães chamou a atenção de um enfermeiro. Ele viu a situação e chamou um médico. Ele [médico] veio e fez somente a retirada do bebê. Colocou na barriga da mãe, cortou o cordão umbilical se retirou para chamar um maqueiro”, relatou Maciel.
Por conta deste caso, a direção da Maternidade Ana Braga, por meio da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), informou que investiga a responsabilidade pelos atendimentos e que deve tomar as medidas administrativas junto ao Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas (Igoam), empresa contratada para prestar os referidos serviços, onde solicitará a substituição dos profissionais que não correspondem aos protocolos de atendimento padrão da unidade.
Débora Ferreira recebeu alta dois dias depois do parto. A criança segue internada.
Com informações: G1 Amazonas