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Ministro da Ciência e Tecnologia anuncia reestruturação do Inpe
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciou nesta terça-feira (14/07) a reestruturação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. O ministro negou que a exoneração da responsável por monitorar o desmatamento tenha a ver com alertas de maior devastação da Amazônia.
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O ministro da Ciência e Tecnologia deu explicações sobre a exoneração de Lubia Vinhas, que estava desde 2018 à frente da coordenação-geral de Observação da Terra do Inpe, que dimensiona a devastação da Amazônia.
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“Ela não foi demitida. Nós ampliamos as funções do Inpe, ela vai assumir uma dessas funções estratégicas. É isso. Basicamente um mal-entendido. Talvez se eu tivesse prestado atenção um pouquinho mais no momento, esperado talvez um pouquinho para fazer essa mudança. Não aconteceu, falha minha. Acho que esse mal-entendido em relação à Lubia já está sanado”, explicou o ministro Marcos Pontes.
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A exoneração de Lubia ocorreu três dias depois de o Inpe divulgar que a Amazônia sofreu o maior desmatamento para um mês de junho em cinco anos. O departamento que ela dirigia monitora o desmatamento por meio de indicadores como o Deter, Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real.
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Entidades que denunciam crimes ambientais criticaram a exoneração.
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Nesta terça, o diretor interino do Inpe, Darcton Damião, disse que Lubia Vinhas assumirá a Base de Informações Georreferenciadas, área que, segundo ele, é um projeto estratégico. Darcton Damião também foi perguntado sobre a carta, assinada por técnicos do Inpe, que afirma que existe no instituto uma estrutura paralela, que opera, governa e decide sobre o Inpe aos moldes das estruturas militares.
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Os técnicos disseram que o atual diretor interino pode usar essa estrutura paralela para promover a construção de seu plano de trabalho, o que lhe dá clara vantagem sobre os outros postulantes ao cargo de diretor. Darcton negou que exista uma estrutura que o favoreça.
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“Não existe uma estrutura paralela. O que existe é: toda segunda-feira eu me reúno virtualmente com os membros da futura estrutura para não improvisar no dia 1, quando a estrutura tiver aprovada. Estou preparando semanalmente as coisas que a gente precisa fazer nas diversas áreas”, disse Darcton.
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Nesta terça, 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central defenderam numa carta pública que a recuperação econômica do país deve levar em conta a preservação ambiental e a responsabilidade social, o que vem sendo exigido por investidores estrangeiros.
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Os ex-ministros alertam que a “mudança do clima” é “um risco ainda maior para todo o planeta” e que “os custos de descuidar de eventos climáticos poderão ser bem maiores do que os da atual pandemia”. Entre os pedidos, está “zerar o desmatamento na Amazônia e no Cerrado” e o “cumprimento das leis de proteção ambiental”. O grupo se coloca à disposição para contribuir.
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“É do nosso interesse lidar com essa questão. Ela começa na Amazônia, mas vai além. É o grande tema, da mudança climática, sim, da economia do carbono, tem a ver com a nossa produtividade. A mudança climática vai afetar a área de maior produtividade da economia brasileira, que é o agronegócio, já afeta hoje os nossos mercados. Então, existem realmente inúmeras razões que vão da produtividade até a qualidade de vida no Brasil para então aí nós nos juntarmos assinando esse documento essencialmente recomendando que esses temas façam parte de forma prioritária da formulação da política econômica do Brasil”, disse Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.
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Em uma audiência virtual do Senado, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o Brasil precisa diminuir o desmatamento para ter acesso a investimentos, como o dinheiro do Fundo Amazônia.
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“Nós temos que fazer o nosso dever de casa e combater as ilegalidades que ocorrem na região amazônica, não dando margem a que nós sejamos acusados de não estarmos protegendo a área da Amazônia, e, em particular, não tendo uma política ambiental afinada com os acordos que nós assinamos e afinada com aquilo que é o pensamento no mundo de hoje. Porque nós, o Brasil, temos os melhores números em termos de proteção ambiental. Nós temos essa capacidade. Mas, no presente momento, usando uma linguagem de lutador, nós fomos jogados nas cordas e para sair das cordas temos que apresentar resultados”, afirmou Mourão.
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Fonte: G1
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