O advogado Kevin Telles, que atua na defesa da maquiadora e cabeleireira Claudiele Santos, 33 anos, do salão Belle Femme […]

Maquiadora era coagida a participar de ‘seita’ sob ameaça de perder o emprego, afirma advogado
O advogado Kevin Telles, que atua na defesa da maquiadora e cabeleireira Claudiele Santos, 33 anos, do salão Belle Femme em que a empresária Djidja Cardoso, 32 anos, era sócia, esclereceu nesta segunda-feira (10) que não existe novo mandado de prisão preventiva em nome da cliente.
O posicionamento do advogado ocorre após o delegado de polícia civil Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), responsável por conduzir a Operação Mandrágora deflagrada no dia 30 de maio e que resultou nas prisões dos empresário Cleusimar Rodrigues, 53 anos, Ademar Neto, 29 anos, mãe e irmão de Djidja, informar que avalia pedir a revogação da prisão domiciliar de Claudiele, que teve o benefício concedido por ter uma filha em período de amamentação.
Uma ordem de busca e apreensão para a criança já foi solicitada à Justiça. “Já existe um processo de pensão alimentícia no qual já foi sentenciado a 60% a títulos de alimentos em guarda compartilhada, e o lar de referência é o da mãe. Ele vem descumprindo com a sentença e eu já entrei com uma medida cautelar de busca e apreensão da menor e com auxílio de força policial se for o caso, estamos só esperando a expedição do mandado”, detalhou o advogado.
Participação
Após a prisão de Ademar Neto, Cleusimar e da gerente do salão Belle Femme, Verônica da Costa Seixas, 31 anos, supostos líderes da seita “Pai, Mãe, Vida” cujo objetivo era consumo e tráfico de Ketamina (Cetamina), Claudiele de maneira expontânea compareceu no 1º DIP acompanhada do advogado e teve o mandado de prisão preventiva cumprido na unidade policial. No último dia 5, a Justiça concedeu prisão domiciliar para a maquiadora.
Questionado sobre a participação da cliente na suposta seita, Telles explicou que ela era coagida sob ameaça de perder o emprego. Segundo o advogado Cleusimar, Ademar Neto e Verônica ainda não prestaram depoimentos. “Somente o senhor Bruno e Hatus foram ouvidos. Ela (Claudiele) não fez uso de nenhuma substância psicotrópica. O que a defesa teve acesso é que os funcionários do salão eram coagidos a usar essas substâncias para se manterem no emprego”, frisou.
Fases
Cleusimar, Ademar Neto, Verônica, Claudiele e o maquiador e cabeleireiro Marlisson Dantas, 29 anos, foram presos preventivamente por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas na primeira fase da Operação Mandrágora, deflagrada dois dias depois da morte de Djidja, ocorrida por volta das 8h20, do dia 28 de maio, na casa onde morava, situada no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus. A polícia investiga a suspeita de overdose por Ketamina. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sai em 18 dias.
O ex-namorado de Djidja, o atleta Bruno Roberto da Silva, 31 anos; o coach e ex-treinador da família Cardoso, Hatus Silveira, 29 anos; o proprietário da clínica veterinária, José Máximo Silva de Oliveira, 45 anos; e mais dois funcionários do lugar, identificados como Emicley Araújo Freitas Júnior e Sávio Soares Pereira, foram presos na segunda fase da operação. De acordo com Túlio, José, Emicley e Sávio “foram presos por facilitar o fornecimento do medicamento a Cleusimar”.
Com informações: A Crítica