Belém (PA) — A ativista e apresentadora Luisa Mell realizou, nesta quinta-feira (6), um protesto em frente ao local onde […]

Luisa Mell protesta seminua em Belém durante evento preparatório da COP30
Belém (PA) — A ativista e apresentadora Luisa Mell realizou, nesta quinta-feira (6), um protesto em frente ao local onde líderes de Estado se reuniram para o encontro preparatório da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que começa oficialmente em 10 de novembro.
Inconformada com o fato de apenas 40% dos alimentos servidos no evento serem vegetarianos ou veganos, Luisa fez uma intervenção artística em defesa da causa animal e ambiental. A ação teve o apoio da organização PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais).
Com o corpo pintado para representar “um planeta em chamas”, a ativista apareceu seminua e deitou-se em um “prato gigante”, simulando ser espetada por um garfo, com uma floresta em chamas ao fundo. Ao lado, um cartaz trazia o pedido: “Por favor, seja vegano”. Segundo Luisa, a pintura corporal começou por volta das 5h da manhã e foi concluída apenas no início da tarde.
Em entrevista à revista Quem, a ativista explicou que o objetivo da intervenção foi expor a contradição entre o discurso ambiental e a prática adotada na cúpula climática.
“O intuito da ação é protestar contra a COP30, porque, apesar de todo mundo já saber que a principal razão da destruição da Amazônia é a pecuária, apenas 40% da alimentação servida é vegetariana ou vegana. Mais de 60% contém carnes e leites, que são grandes emissores de metano e CO₂, e causam a destruição dos nossos biomas”, afirmou.
Luisa também questionou a coerência dos líderes mundiais ao discutirem soluções climáticas enquanto mantêm hábitos alimentares que, segundo ela, agravam a crise ambiental.
“Como podemos discutir soluções em uma COP e, ao mesmo tempo, ‘comer’ as nossas florestas? É hipocrisia. A própria ONU já afirmou que é impossível reverter o aquecimento global sem uma transição alimentar — então, por que a própria conferência não adota uma alimentação vegana?”, questionou.
A performance dividiu opiniões nas redes sociais, mas reacendeu o debate sobre sustentabilidade, consumo de carne e responsabilidade ambiental em grandes eventos internacionais.
