Vinte criminosos do Sistema Penitenciário do Amazonas foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), acusados de promoverem […]

Líder de rebelião na Vidal Pessoa comeu coração de preso morto em motim, diz MP

Vinte criminosos do Sistema Penitenciário do Amazonas foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), acusados de promoverem a rebelião que resultou em quatro mortes e sete tentativas de homicídios na extinta cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, em janeiro do ano passado.

À época, a unidade havia sido reativada provisoriamente para receber detentos que estavam ameaçados de morte, após o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

Para o MP-AM, os crimes foram classificados como cruéis e macabros. Na denúncia constam detalhes de como começou a rebelião e a participação de cada interno, principalmente nas mortes e tortura dos alvos eles.

Conforme a denúncia, além de torturar, matar, degolar, e esquartejar as vítimas, os criminosos também arrancaram os órgãos delas. O detento João Pedro de Oliveira Rosa, o “Paulista”, chegou a comer o coração de duas vítimas.

O promotor de justiça Armando Gurgel Maia disse que os responsáveis pela rebelião foram denunciados pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificado, motim de pessoas e vilipendio de cadáver.

A rebelião na Vidal Pessoa aconteceu oito dias depois da chacina no regime fechado do Compaj e foi promovida por determinação dos representantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) como retaliação ao massacre.

Segundo o promotor, os rebelados da Vidal tinham como objetivo eliminar os dissidentes da facção Família do Norte (FDN), estupradores, filhos de policiais, “piratas de rios” e traidores da FDN.

Autores intelectuais

Os detentos Janderson de Lima Rolim, o ‘Passarinho’, Fabrício Duarte Araújo, Rômulo Brasil da Costa,  o ‘LH’, e João Pedro de Oliveira Rosa Rodrigues, o ‘Paulista’, foram considerados como os autores intelectuais da rebelião. Os demais foram os executores.

Conforme apurado pela polícia, a ideia inicial era matar os traficantes Márcio Pessoa da Silva, o ‘Marcinho Matador’, Omar Melo Filho, o ‘Omarzinho’, e Anderson Gustavo da Silva, o ‘Godofredo’. Uma disputa entre Passarinho e Marcinho Matador pelo comando da cadeia também teria motivado as mortes.

Denúncia detalha crueldade de rebelados

Segundo o Ministério Público, Fernando Gomes da Silva, o ‘Pedra’, Rubiron Cardoso de Carvalho, o ‘Pato’, Rildo Silva do Nascimento e Tássio Caster de Souza foram assassinados de forma cruel. Pedra, Pato e Rildo tiveram as suas cabeças e membros arrancados, assim como tiveram vários órgãos extraídos. Gerson G3, Etelvino Barbosa, o ‘Dieury’ e Jones dos Remédios Martins, o ‘Bactéria’, armados com barras de ferro conseguiram ferir os presos da cela 5. Rildo foi o primeiro a ser morto com uma paulada e foi decapitado. Rômulo abriu a vítima e retirou o coração dele.

Já Pedra foi morto por Edgar de Souza Ribeiro. Outros rebelados também participaram da morte de Pedra e lhe arrancaram o coração. Paulista segurou a vítima e comeu parte do coração dele, depois de ter pedido sal.

Luciano Pedrosa o ‘Gugu’, arrancou o fígado da vítima e entregou para João Pedro que, de acordo com testemunhas, só não o comeu porque não havia sal. “Ele esbravejava porque não tinha sal”, contou uma testemunha.

Os rebelados também mataram Rubiron Cardoso o ‘Pato’. De acordo com a denúncia, Passarinho gritava para os demais: “vamos servir a mesa. Vamos comer pato sem tucupi”.

*Fonte: Portal A Crítica

Deixe um comentário