Tardes de Espelho para Vida de Menino é a coletânea de estreia do poeta Márcio de Souza Bernardes, autor que […]

Lançamento Penalux: “Tardes de Espelho Para Vida de Menino”, coletânea do poeta Márcio de Souza Bernardes

Tardes de Espelho para Vida de Menino é a coletânea de estreia do poeta Márcio de Souza Bernardes, autor que já participou de outras publicações coletivas. Trata-se de um livro de poesia contemporânea que mescla estilos poéticos e dialoga com referências literárias como Fernando Pessoa, Mário Quintana, Paulo Leminski, Millôr Fernandes, entre outros.nnDividido em três partes – Tardes de Espelho para Vida de Menino, Viajem!, e Gramática do Tempo – o livro desfila entre as contemplações líricas, buscando figuras, imagens e alegorias de três fases da vida: a infância, a juventude e a maturidade, cada uma com suas contemplações próprias, com temas diversificados permeados pela questão existencial.nn“A obra está inserida na poesia contemporânea”, diz o autor, “a qual busca, a partir de um estilo mais livre, questionar, inquietar e, sobretudo, deslocar o olhar para novas facetas do cotidiano”.nnPara Bernardes, o livro apresenta observações sobre diversas cenas da vida, feitas pelo menino-poeta (projetando e criando mundos e futuros) e o poeta-menino (rememorando, reconstruindo e refletindo sobre passado), como um espelho. “A obra abusa da polissemia, das metáforas e das alegorias”, explica o poeta. E completa: “São poemas que permitem uma abertura de sentidos, possibilitando camadas interpretativas, provocando o leitor a refletir sobre infância e maturidade. Poemas que tentam provocar a criança em cada um (já qualificada e ressignificada pelas lentes da vida adulta) a olhar para o adulto presente. Ao mesmo tempo, é também um convite para o adulto presente olhar para a infância e para o caminho percorrido entre estes dois períodos da vida”, finaliza.nnNo texto de apresentação, o escritor de Orlando Fonseca destaca: “Neste espelho, o poeta nos desenha em versos, com tintas de fantasia e memória as imagens da infância. Mas a infância como repositório de signos de identidade. O privilégio da poesia é conceder ao portador do espelho retrovisor a habilidade de fundir imagens, deslocar sentidos e figurar o mundo em novidade. A vida em seus acertos e desacertos, a imagem como desconcerto para engendrar experiência inusitada. A pandorga e o voo imaginado, o barquinho de papel e o imprevisto do naufrágio; a tristeza do palhaço e a vertigem dos trapézios e, no fim das contas, o mistério como provocação permanente. Enfim, só a arte – em especial a poesia – é capaz de nos devolver a imaginação sem trégua das crianças, a fim de podermos disfarçar o menino que haveremos de ser”.nnA crítica e poeta Alexandra Vieira de Almeida, em sua resenha sobre a obra, avalia a poesia de Márcio de Souza Bernardes como uma escrita que “traduz a gramática do inusitado, sem deixar de lado a simplicidade do canto lírico ao nos revelar uma poética que se elabora e se conjuga na atemporalidade das coisas nobres e mais propensas a serem rememoradas, recortando o real pelo seu lado mais clarificante e não obscuro. Uma poesia que requer o olhar atento do leitor mais exigente, que busca por uma poesia que traduz o encanto e a beleza dos momentos raros e inigualáveis da experiência de um ser em constante ebulição e irradiação como os raios do sol no seu sonoro expandir-se”.nnAbaixo, um poema que integra o livro:nnMeninicesnnHoje nem sei por onde andanno menino que fuinnnem por qual vento flutuanna minha pandorga colorida.nnEm que cais ancoraramnnmeus barquinhos de papel?nnCom que matéria forjeinna espada dos sonhosnnnas cruzadas infinitas da infância?nnHoje nem lembronnquantas vezes me desperdiceinne quantas vezes disfarçonno menino que eu serei.nnSobre o autornnNascido em 05 de junho de 1974, na cidade de Pelotas, RS, adotou e foi adotado por Santa Maria, ainda no início da adolescência, onde descobriu suas paixões pelas letras e pela música. Participou de algumas obras coletivas como Ponto de Cinema, Crônicas e Poesias de Bar (1999); Ponto de Cinema, Crônicas e Poesias de Bar, tomo II (2001), O Maquinista Daltônico, poesias (2007). É bacharel em Direito pela UFSM (2000), doutor em Direito pela UFSC (2017), pesquisador, professor universitário e advogado, dedicando-se as áreas de constitucionalismo, direitos humanos e direito ambiental.nn ServiçosnnTardes de espelho para vida de menino, Márcio de Souza Bernardes – poesia (88 p.), R$ 38 (Penalux, 2019).nnnnLink para compra:nnhttps://www.editorapenalux.com.br/loja/tardes-de-espelho-para-vida-de-meninonn 

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