A Justiça Federal no Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu Rubén Dario Villar, conhecido […]

Justiça torna réu Colômbia por assassinatos de Bruno e Dom
A Justiça Federal no Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu Rubén Dario Villar, conhecido como Colômbia, acusado de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os crimes aconteceram em junho de 2022, na região do Vale do Javari, entre os municípios de Guajará e Atalaia do Norte, no interior do estado.
Segundo o MPF, a denúncia foi apresentada ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga pelo procurador Guilherme Diego Rodrigues Leal, com apoio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ). Villar, que é peruano, já havia sido indiciado pela Polícia Federal como autor intelectual do crime, em novembro de 2023.
Motivação e histórico criminal
As investigações apontam que Bruno e Dom foram mortos por atrapalhar os interesses da quadrilha de pesca ilegal na região, comandada por Villar. Ambos atuavam na defesa dos povos indígenas e promoviam educação ambiental nas comunidades locais. De acordo com o MPF, o mandante está preso preventivamente e responde também por tráfico de drogas, uso de documento falso e outras acusações relacionadas à pesca ilegal.
Colômbia foi preso pela primeira vez em junho de 2022 ao se apresentar na sede da PF em Tabatinga com documentos falsos. Ele chegou a ser solto provisoriamente, mas voltou à prisão por violar medidas cautelares.
Com a nova denúncia aceita, Colômbia se torna o nono réu no caso. Já em 2022, o MPF havia denunciado três homens como executores dos assassinatos: Amarildo da Costa Oliveira (Pelado), Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha), acusados também de ocultar os cadáveres.
Em junho de 2024, mais cinco pessoas foram denunciadas por participação na ocultação dos corpos: Francisco Conceição de Freitas, Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa de Oliveira.
O MPF requer que os réus sejam submetidos a júri popular. A decisão inicial foi favorável, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) excluiu Oseney da pronúncia. Os procuradores recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele também seja julgado.
(*) Com informações: D24Am