Um segredo escondido no congelador Uma história macabra chocou o Japão nesta semana: Keiko Mori, de 75 anos, foi presa após […]

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Japão: idosa manteve corpo da filha em congelador por 20 anos

Um segredo escondido no congelador

Uma história macabra chocou o Japão nesta semana: Keiko Mori, de 75 anos, foi presa após confessar que manteve o corpo da própria filha dentro de um congelador por cerca de 20 anos. O caso aconteceu na província de Ibaraki, ao nordeste de Tóquio, e foi descoberto quando investigadores revistaram sua casa. Dentro do eletrodoméstico, encontraram os restos mortais de Makiko Mori, nascida em 1975, que hoje teria 49 ou 50 anos.

Como a polícia descobriu

A idosa compareceu voluntariamente à delegacia, acompanhada de um parente, e admitiu o crime. Em seguida, levou os agentes até a residência, onde localizaram o corpo. Segundo relatos, o cadáver estava vestido com camiseta e roupa íntima, ajoelhado e virado para baixo dentro do congelador profundo. Havia sinais de decomposição avançada, mas a polícia informou que uma autópsia ainda será realizada para determinar a causa da morte.

Motivos ainda nebulosos

De acordo com as autoridades, Keiko comprou o congelador anos atrás justamente para ocultar o corpo, principalmente depois que o odor começou a se espalhar pela casa. Ela foi presa sob suspeita de abandono de cadáver, crime previsto no código penal japonês. O motivo exato de ter escondido a morte da filha por tanto tempo continua sendo investigado.

Solidão e segredos familiares

O caso ganha contornos ainda mais sombrios porque, segundo vizinhos, Keiko vivia isolada após a morte do marido, ocorrida no início deste mês. A polícia revelou que ela teve outros filhos, mas não detalhou quantos nem como reagiram à descoberta. O silêncio em torno da família alimenta especulações sobre segredos guardados por décadas.

Por que isso choca tanto no Japão?

Embora pareça inacreditável, não é a primeira vez que casos semelhantes ocorrem no país. Em 2018, por exemplo, uma mulher foi presa em Tóquio após guardar o corpo da mãe em um armário por 10 anos. Tais episódios refletem um problema social crescente: o kodokushi, termo usado no Japão para descrever mortes solitárias e abandono de idosos. A combinação de envelhecimento populacional e isolamento social cria cenários em que corpos podem permanecer escondidos por anos antes de serem descobertos.

Próximos passos da investigação

Agora, a polícia de Ibaraki busca entender se houve crime anterior à ocultação. A autópsia será crucial para identificar se Makiko morreu de causas naturais ou se houve algum tipo de violência. Até lá, Keiko segue detida. O caso, além de chocante, levanta discussões sobre a saúde mental de idosos e a necessidade de maior apoio comunitário no Japão, um dos países mais envelhecidos do mundo.

(*) Fatos Desconhecidos

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