Israel sinaliza acordo com Líbano sobre Hezbollah em meio a novos ataques em Gaza

As tensões no Oriente Médio ganharam novo fôlego nesta segunda-feira (25). O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está disposto a apoiar os esforços do Líbano para desarmar o Hezbollah, em troca da redução gradual da presença militar israelense no território libanês. A medida seria articulada com os Estados Unidos.

A declaração ocorre nove meses após o cessar-fogo que encerrou a guerra de 14 meses entre Israel e o grupo apoiado pelo Irã, conflito que deixou mais de 4 mil mortos. O governo libanês aprovou recentemente uma proposta americana para o desarmamento da milícia até o fim do ano, mas o Hezbollah insiste em manter seu arsenal até que as Forças de Defesa de Israel deixem totalmente o território.

Para Tel Aviv, a iniciativa pode fortalecer as instituições libanesas e abrir caminho para maior estabilidade na região. Já para Beirute, a reconstrução do país e o acesso à ajuda internacional dependem de um impasse central: se o Hezbollah aceitar ou não abrir mão de seu poder militar. O resultado pode definir se o Líbano avançará rumo à estabilização ou permanecerá refém da disputa entre Estado, milícia e Israel.

Enquanto isso, a violência persiste em Gaza. Um ataque israelense contra um hospital no sul da Faixa matou 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas de agências como Reuters e Associated Press.

(*) Com informações: The News