Na fronteira tripla entre Peru, Brasil e Colômbia, existe uma localidade curiosa chamada Islândia — não no Atlântico Norte, mas […]

Islândia: a cidade flutuante na Amazônia peruana
Na fronteira tripla entre Peru, Brasil e Colômbia, existe uma localidade curiosa chamada Islândia — não no Atlântico Norte, mas sim na Amazônia peruana, no distrito de Yavarí, na região de Loreto.
Composta por casas elevadas sobre palafitas de até dois metros de altura, Islândia enfrenta inundações durante boa parte do ano — o que a faz lembrar um pouco a Veneza italiana. Esse estilo arquitetônico transforma seus caminhos em passarelas, acessíveis apenas a pé ou de barco, já que veículos automotores são proibidos.
A comunidade local conta com cerca de 2.300 a 3.000 habitantes, conhecidos como “isleños”. Muitos deles pertencem à congregação religiosa Missão Israelita do Novo Pacto Universal, que mistura elementos do protestantismo adventista com tradições incas — esses moradores se destacam pela vestimenta típica e crenças únicas.
Atualmente, Islândia atrai turismo, especialmente de visitantes vindos da Colômbia, com Letícia sendo importante portal de chegada. O comércio é vibrante, movimentado por barcos provenientes do Peru, Brasil e Colômbia, e a circulação de três moedas — sol, real e peso colombiano — é comum.
Recentemente, a cidade também se tornou palco de uma questão ambiental relevante. O lixo descartado de forma inadequada em Islândia tem sido transportado para o Rio Javari e atinge águas que deságuam no Brasil, à altura do município de Benjamin Constant. Autoridades ambientais brasileiras alertaram para o risco dessa contaminação, e o governo federal do Brasil propôs cooperação com o Peru para enfrentar o problema — inclusive com a possibilidade de utilização de balsas como solução temporária.
(*) Com informações: Portal Amazônia