Quase 10 mil funcionários das duas maiores empresas de ferrovias do Canadá entraram em greve geral após fracassarem as negociações […]

Greve geral nas ferrovias Canadenses impacta economia local e global
Quase 10 mil funcionários das duas maiores empresas de ferrovias do Canadá entraram em greve geral após fracassarem as negociações sobre segurança no trabalho e redução da jornada. Como consequência, cerca de 75% dos trens canadenses — tanto de carga quanto de passageiros — estão parados, causando um impacto significativo na economia do país.
O Canadá depende das ferrovias para transportar itens essenciais como alimentos, petróleo, madeira, fertilizantes e carvão. Com a paralisação, estima-se que o prejuízo possa chegar a US$ 250 milhões por dia, afetando não apenas o mercado interno, mas também o cenário internacional. O Canadá é o segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos, e 75% dos produtos trocados entre os dois países são transportados por trilhos. A interrupção no transporte pode causar aumento nos preços de produtos nos EUA.
Além disso, o Canadá ocupa a posição de segundo maior exportador de fertilizantes do mundo, com uma grande parte desses produtos sendo transportada por via férrea. A paralisação pode, portanto, ter repercussões no setor agrícola global, incluindo o Brasil, que é um grande importador de fertilizantes.
Diante da situação, as empresas ferroviárias têm pressionado o governo para que force os sindicatos a retomarem as negociações. No entanto, o primeiro-ministro Justin Trudeau tem se mostrado relutante em intervir, o que deixa o futuro das negociações incerto e a economia canadense em uma posição delicada.