A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) descartou quadro de encefalite viral e raiva humana em seis […]
FMT descarta raiva humana em pacientes atacados por morcegos na Zona Rural de Manaus
A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) descartou quadro de encefalite viral e raiva humana em seis pacientes atendidos com histórico de mordida de morcegos hematófagos na comunidade ribeirinha de Nova Jerusalém, no rio Negro, zona rural de Manaus, a cerca 80 quilômetros da capital.
Até o momento, foram notificadas nove pessoas da comunidade com histórico de mordida de morcego, todas já vacinadas. Sete pessoas são da mesma família e moram na mesma residência, e outros dois da mesma comunidade.
Nesta terça-feira (22), a FVS enviará à região uma equipe técnica para realizar atividades relacionados a medidas de vigilância, prevenção e controle da raiva na comunidade, como a vacinação de animais domésticos (cães e gatos), a implantação de mosquiteiros impregnados com inseticida, coleta de amostras e o controle de morcegos hematófagos na comunidade.
Entenda
As agressões por morcegos na comunidade foram detectadas pelo sistema de vigilância epidemiológico do município de Manaus e da FVS, após uma mãe e uma criança de dois anos darem entrada no Instituto da Criança do Amazonas (Icam), no dia 13 de janeiro, com quadro de doença diarreica relacionada à parasitose intestinal.
Na ocasião, foram relatados à equipe médica episódios de ataques recentes de morcegos na comunidade, o que fez com que a equipe da unidade acionasse o sistema de vigilância epidemiológica. Mãe e filha foram encaminhadas à FMT-HVD, onde receberam soro e vacina antirrábicos e apresentaram melhoras. Outros pacientes da mesma família também receberam atendimento na unidade.
O diretor de Assistência Médica da FMT, infectologista Antônio Magela, diz que, pela evolução do quadro clínico de todos os pacientes atendidos na unidade, a raiva está descartada. Tanto a mãe, que já teve alta, no domingo (20), quanto a criança tiveram boa evolução no quadro clínico.
“A criança foi mantida em observação mas, nesse domingo, estava respondendo a todos os estímulos, descartando qualquer possibilidade de se tornar um quadro de encefalite (inflamação do cérebro). Ela está acompanhada do pai, e vai permanecer em observação, mas com a possibilidade de ser liberada nos próximos dias, conforme análise médica”, disse.
Outras pessoas da comunidade que tiveram histórico de agressão por morcegos na última semana, foram encaminhadas à FMT, onde fizeram o uso de soro e vacina e não apresentaram sinais da doença e já foram liberadas.
A equipe da FVS que será deslocada para comunidade é a mesma que acompanhou a situação vivenciada em Tapira, no rio Unini, em Barcelos, em novembro de 2017, quando houve um surto de raiva humana, após registros de agressão a moradores por morcegos hematófagos. Os técnicos devem permanecer até o dia 26 de janeiro no local.
Fonte: G1 Amazonas