Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. Nesse sentido, os que irão passar também acabam virando […]

Fatos Curiosos: Há 14 mil asteroides ameaçadores não detectados no espaço, diz NASA

Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. Nesse sentido, os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, sabemos que isso é algo possível de acontecer. Por isso que sempre existe a dúvida sobre se, em algum momento, um asteroide irá colidir com a Terra novamente.

O pior de tudo é que, recentemente, o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO) divulgou um infográfico de rotina, mas que está tirando o sono de várias pessoas. Isso porque ele faz uma espécie de balanço das atividades da agência para lidar com o risco de impactos dos objetos perto do nosso planeta, os NEOs.

Ao todo são 50 objetos maiores de um quilômetro e 14 mil maiores do que 140 metros que não foram detectados ainda. Contudo, nenhum deles tem o tamanho do asteroide que extinguiu os dinossauros. Mesmo assim, a queda de uma rocha espacial, ainda que tenha 140 quilômetros de diâmetro, já conseguiria causar danos graves se caísse em uma região habitada do planeta.

Justamente por isso que a coordenação de defesa planetária da NASA tem o objetivo de monitorar os asteroides e outros objetos que possam atingir nosso planeta e causar uma possível devastação. E o PDCO usa a ciência planetária para garantir que a humanidade consiga estar preparada para responder às ameaças de um impacto de asteroides ou cometas.

Contudo, é difícil encontrar um asteroide no espaço, mesmo que para detectar os potencialmente perigosos não faltem olhos. Segundo o infográfico divulgado pela NASA, até o dia três de agosto, foram submetidas mais de 405 milhões de observações feitas por astrônomos profissionais e amadores. Elas foram entregues ao Minor Planet Center, que é um dos centros-chave da estratégia de defesa planetária da agência espacial.

Com todos esses telescópios pelo mundo, isso tem sido eficiente. Tanto que, de acordo com a contagem final do documento, foram detectados 32.412 asteroides de todos os tamanhos até a data do levantamento.

Contudo, esse número grande não muda o fato de que encontrar um asteroide é literalmente um tiro no escuro. Até porque, esses corpos celestes não tem luz própria. Por conta disso, a única forma de observá-los é vendo a luz solar refletida nas suas superfícies.

Asteroide

Além do estudo da NASA, cientistas usaram a inteligência artificial para fazer as análises e verificar se uma possível colisão irá acontecer. Como resultado, o algoritmo conseguiu detectar, pela primeira vez, um asteroide classificado como potencialmente perigoso.

Para que um asteroide seja classificado como potencialmente perigoso ele tem que estar perto do nosso planeta a uma distância orbital mínima de 0,05 UA ou menos, com magnitude absoluta de 22 ou mais. Até o momento, o Sentry, sistema de vigilância do EUA, monitora e detecta esses asteroides potencialmente perigosos que são conhecidos, e também todos objetos que são perigosos para o nosso planeta.

O algoritmo que foi desenvolvido foi feito pelo Instituto DiRAC da Universidade de Washington, nos EUA, com o cientista Ari Heinze como seu principal desenvolvedor. Ele foi criado especialmente para colaborar com o Observatório Vera C. Rubin que está sendo construído no Chile. Na prática, ele mostrou que pode detectar os asteroides com menos observações do que as técnicas atuais precisam.

O asteroide chamado 2022 SF289 foi descoberto pela IA e é classificado como potencialmente perigoso para a Terra. A descoberta foi anunciada na Circular Electrônica de Planetas Menores MPEC 2023-O26 da União Astronômica Internacional.

Esse asteroide tem cerca de 180 metros de diâmetro e provavelmente se aproximará do nosso planeta a 225 mil quilômetros. Essa descoberta é primordial porque dá aos cientistas a possibilidade de aproveitar a IA para identificar asteroides perigosos. Tanto é que isso pode ser um marco de antes e depois desse tipo de observação.

Mesmo com sua classificação de “potencialmente perigoso” isso não quer dizer que ele irá colidir com a Terra. O acreditado pelos pesquisadores é que ele não representa nenhum perigo, pelo menos no futuro próximo.

A importância dessa descoberta é no fato de se confirmar que o algoritmo pode sim identificar asteroides perto do nosso planeta com menos observações do que as necessárias nos métodos atuais. Isso é importantíssimo em um caso extremo de um asteroide ser muito grande e estar na direção da Terra.

Fonte: Tecmundo, Tempo

Deixe um comentário