Enquanto o debate global gira em torno do novo tarifaço promovido por Donald Trump, o foco entre analistas brasileiros está […]

Exportações brasileiras para a China recuam no 1º semestre e acendem alerta no comércio exterior
Enquanto o debate global gira em torno do novo tarifaço promovido por Donald Trump, o foco entre analistas brasileiros está na relação comercial com a China, que apresentou sinais de enfraquecimento nos primeiros seis meses de 2025. As exportações do Brasil para o gigante asiático somaram US$ 47,7 bilhões no período — uma queda de 7,5% em relação ao ano anterior, registrando o menor volume desde 2014.
A retração foi influenciada por dois fatores centrais: a queda nos preços internacionais de commodities como soja e petróleo, e a estratégia da China de diversificar seus parceiros comerciais, movimento intensificado desde o retorno das tensões tarifárias com os Estados Unidos.
Na direção oposta, as importações brasileiras provenientes da China cresceram expressivos 22% no semestre, impulsionadas principalmente pela alta demanda por carros híbridos e produtos siderúrgicos. Apenas os veículos híbridos representaram US$ 1,38 bilhão em compras, enquanto a importação de laminados planos de aço teve uma alta de 318%.
Apesar de o saldo comercial entre os dois países ainda permanecer positivo, o desequilíbrio na balança vem se acentuando. Especialistas apontam que o cenário pode se tornar ainda mais desfavorável caso a onda protecionista norte-americana leve Pequim a intensificar a redução da dependência de mercados como o brasileiro.
(*) Com informações: The News