“Eu tinha um cachorro preto chamado depressão” é um curta educacional feito pela Organização Mundial da Saúde que visa nos […]
Eu tinha um cachorro preto chamado Depressão
“Eu tinha um cachorro preto chamado depressão” é um curta educacional feito pela Organização Mundial da Saúde que visa nos ajudar a entender o que a depressão realmente significa para as pessoas que sofrem com isso.nnDevemos enfatizar neste ponto que a depressão não é uma escolha e, portanto, devemos trabalhar para evitar os rótulos e o estigma que a acompanha. Precisamente para este propósito o vídeo foi publicado com o qual ilustramos este artigo.nn”Depressão e ansiedade não são sinônimo de fraqueza. Nem são o resultado de uma escolha pessoal, não podemos decidir se queremos ou não estar conosco.”nn”Eu tive um cachorro preto chamado depressão” é uma curta que tem sido em todo o mundo desde há alguns anos preenchida na rede. Desde então, psiquiatras, psicólogos psicanalistas e outras pessoas a serviço da saúde mental têm usado esse vídeo como forma de ilustrar e representar a depressão.nnNo entanto, antes de ver o vídeo, notamos que a metáfora de usar a imagem do cão preto como a depressão volta para a expressão que Winston Churchill usou para descrever sua melancolia. Este poderoso político britânico que lutou contra o nazismo disse que com frequência se via preso numa depressão, uma fera que sempre o acompanhava e que o possuía durante os últimos anos de sua vida. Um cão cujos uivos tristes atormentam a mente do ouvinte, submetendo sua vida à angústia, à aflição e à apatia.nnA depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença. Manaus é a nona entre as capitais do País em casos de suicídio, e pasmem, a grande maioria são homens e não mulheres, segundo dados apresentados pelo presidente da Associação Amazonense de Psiquiatria (AAP), Cleber Naief, durante um simpósio “Setembro Amarelo: Campanha Nacional de Prevenção ao Suicídio”, realizado na terça-feira, 13 de setembro no ano passado, no auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). Os indicadores apontam, ainda, que a maior parte das causas está relacionada a transtornos de humor, principalmente depressão e bipolaridade, e aqueles associados ao uso de drogas lícitas e ilícitas.nnAo todo, segundo dados da AAP, 96% das pessoas que cometeram suicídio sofriam de algum transtorno mental, sendo os principais os transtornos de humor (35%), como depressão e bipolaridade; transtornos por uso de álcool e outras drogas (22%); transtornos de personalidade (11,6%), como psicopatias e síndrome de borderline; e esquizofrenia (10%).nnSegundo o levantamento apresentado pelo psiquiatra Cleber Naief, no Brasil a capital com maior índice de mortalidade por suicídio é a de Boa Vista, Roraima, com muitos registros entre indígenas. É também maior o número de casos entre os homens. Em Manaus, há em média oito suicídios a cada 100 mil homens e dois a cada 100 mil mulheres. Os números são considerados defasados pela AAP em razão da sub notificação de casos.nnÀs vezes a cabeça dá uma “pifada”… E tudo bem!nnNosso cérebro é composto de neurotransmissores responsáveis por garantir uma sensação de bem-estar. Os neurotransmissores são moléculas que fazem a comunicação entre os neurônios. Um deles, a serotonina, está diretamente relacionado ao humor.nnVamos ver o vídeo:nnhttps://youtu.be/lE6IsotUruYnnElias Moura é Psicanalista e Teólogo.