No artigo que escrevi sobre sustentabilidade e mudanças climáticas, alguns leitores me questionaram por eu ter afirmado a necessidade de […]

Reprodução Pensamento Verde

Eu, a Economia Circular e a Sustentabilidade

No artigo que escrevi sobre sustentabilidade e mudanças climáticas, alguns leitores me questionaram por eu ter afirmado a necessidade de reaprendizado sobre as relações que mantemos com o meio ambiente da cidade que vivemos: reciclando, consumindo conscientemente e usando adequadamente as nossas belas reservas de água.

Alguns leitores afirmaram que esse movimento deve ser iniciado pelas empresas e demais organizações públicas que, obviamente, são as instituições que mais poluem o meio ambiente.

Resumidamente tenho que lembrar que empresas e órgãos públicos ainda são majoritariamente constituídos por pessoas. São as pessoas que dão vida a elas, e que é a partir delas que as soluções são desenvolvidas.

Nas palavras de Nonaka e Takeuchi, as organizações nada criam, sendo as pessoas que nelas trabalham que podem criar, transformar ou destruir.

Porém, se concebermos que todas as organizações, assim como as pessoas que as compõem são organismos vivos, então podemos acreditar que o meio ambiente que vivemos pode se transformar em um lugar melhor para se viver a partir das nossas ações individuais praticadas em nossos lares, combinada com nossas ações praticadas nas organizações que participamos.

Uma boa orientação para tal assenta-se nas premissas daquilo que se conhece por economia circular, cujos princípios estruturantes vão desde a gestão eficiente de materiais e matérias primas; redução, reuso e reciclagem de produtos consumidos; gestão de resíduos; gestão de energia e de água.

Analisando apenas as dimensões redução, reuso e reciclagem de produtos consumidos, e a gestão de resíduos na cidade de Manaus, facilmente se percebe que se trata de um problema geral.

Igarapés com excesso de lixo e plástico dão uma boa ideia de que a gestão de resíduos, o reuso e a reciclagem não funcionam adequadamente: nem na esfera doméstica nem na das organizações.

Assim como o uso de matérias primas em qualquer cadeia de produção e o consumo de produtos pelo consumidor final têm um custo para quem os consome, o não reuso, a não reciclagem e, principalmente, o descarte generalizado de “cama, mesa e confecções” nas vias públicas da cidade também tem…

Infelizmente Manaus é uma cidade, se não suja, não muito limpa. E isso não tem muito a ver com a capacidade do prefeito para nos entregar uma cidade limpa e saudável. Parte do problema tem a ver com os resíduos que muitos insistem em abandonar nas ruas para que ele encontre um lar melhor.

Posto isso, voltamos para a questão inicial: a sustentabilidade é uma questão humana, individualmente ou de forma coletiva no ambiente organizacional.

Enquanto pessoas e empresas não adotarem princípios básicos da economia circular, e não modificarem a sua relação pessoal com os recursos do planeta, continuaremos tendo uma cidade rodeada por igarapés tristes, fétidos e cheios de produtos que poderiam ser utilizados para geração de renda em algum canteiro de Manaus.

Por fim, recicle, reuse, consuma de forma consciente e espalhe essa ideia.

*José Walmir é Mestre em Gestão & Liderança e Escritor.

**Os textos (artigos, crônicas) aqui publicados não refletem necessariamente a opinião da Div Agência de Comunicação – Portal do Minuto.

 

 

 

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