Duas gigantes da tecnologia que disputam a liderança global em smartphones seguem caminhos opostos no setor de carros elétricos. De […]

(Imagem: Getty Images)

Enquanto Apple recua, Xiaomi acelera no mercado de carros elétricos com novo SUV e 200 mil pedidos em minutos

Duas gigantes da tecnologia que disputam a liderança global em smartphones seguem caminhos opostos no setor de carros elétricos. De um lado, a Apple encerrou seu ambicioso projeto automotivo após mais de uma década de pesquisas e cerca de US$ 10 bilhões investidos. Do outro, a Xiaomi celebra o lançamento do seu segundo veículo elétrico (EV), o SUV YU7, que recebeu mais de 200 mil pedidos de compra em apenas três minutos.

O novo modelo da Xiaomi chega ao mercado com visual esportivo, integração total com o celular e preço competitivo a partir de US$ 35 mil. O lançamento reforça a estratégia da marca chinesa: oferecer produtos com design familiar, tecnologia confiável e bom custo-benefício — uma fórmula que já consolidou a empresa no setor de smartphones e agora começa a se destacar também na indústria automotiva.

Estratégias distintas, resultados visíveis

A diferença de abordagem ajuda a explicar o contraste entre os resultados das duas marcas. Enquanto a Apple apostava em um veículo 100% autônomo — ainda distante da realidade em termos de regulação e viabilidade técnica —, a Xiaomi optou por um caminho mais pragmático: desenvolver carros funcionais, escaláveis e integrados a uma infraestrutura já existente. A empresa também se beneficia de subsídios estatais, rede de recarga estabelecida e uma cadeia de produção completa na China.

Com planos ambiciosos, a Xiaomi pretende entregar 350 mil veículos ainda em 2025 e iniciar a venda dos modelos na Europa a partir de 2027, de olho em um mercado global de carros elétricos que deve movimentar cerca de US$ 784 bilhões neste ano.

Disputa também nos smartphones

O contraste entre as estratégias se reflete também no setor em que ambas se tornaram gigantes. Em 2024, a Xiaomi cresceu 15% nas vendas de smartphones, totalizando 168 milhões de unidades vendidas. A Apple, por outro lado, recuou 1%, com 225 milhões de aparelhos comercializados. Embora ainda lidere em volume, a fabricante do iPhone começa a ver a concorrência se aproximar com velocidade — dentro e fora das estradas.

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