Iverson Ribeiro, pai da jovem que deu à luz e morreu em um acidente na BR-116, em Cajati, no interior de […]
‘Ela não saía sem avisar’, diz pai de jovem que deu à luz e morreu em acidente em SP
Iverson Ribeiro, pai da jovem que deu à luz e morreu em um acidente na BR-116, em Cajati, no interior de São Paulo, disse que não sabe por que a filha, Ingrid Irene Ribeiro, estava viajando do Paraná para São Paulo. A neta dele sobreviveu e está bem.
“Ela não saía sem autorização da mãe dela, não saía sem avisar”, afirma.

O pai relata também que a família, que mora no Barro Preto, bairro de São José dos Pinhais, na Região de Curitiba, não tem parentes no estado de São Paulo. “Não tem por que ela ir para lá”, afirma. Ingrid completaria 21 anos nesta segunda-feira (30).
O acidente
O caminhão em que Ingrid pegou carona sofreu um acidente na quinta-feira (26), na BR-166, na Rodovia Régis Bittencourt, na região do Vale do Ribeira. As tábuas de madeira transportadas pelo veículo caíram em cima dela.
A jovem, que estava grávida, foi arremessada do caminhão e morreu depois de ter o abdômen rompido. Médicos que a socorreram disseram que a ruptura obrigou o bebê a nascer.
No momento do acidente, Ingrid estava sem os documentos pessoais. A família reconheceu o corpo no domingo (29), depois de saber do caso pela televisão.
As equipes de emergência encontraram a bebê em meio aos destroços e a levaram até o Hospital Regional, em Pariquera-Açu, cidade vizinha a Cajati, onde a paciente permanece nesta segunda-feira.
Segundo o hospital, a menina já saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, onde estava internada por precaução devido ao trauma do parto, e foi levada a uma unidade de cuidados intensivos intermediários. Ela está saudável, passa bem e é muito tranquila.
A equipe médica chama a menina de Giovana. A família de Ingrid, porém, diz que a bebê deve ser batizada como Jenifer Eduarda. Uma decisão judicial deve decidir com quem a recém-nascida fica.
Além dela, Ingrid deixa mais uma filha de dois anos, que mora com a família paterna, em São José dos Pinhais. O pai das duas mora em Santa Catarina.
Ingrid também é mãe de uma terceira menina de três anos, fruto de outro relacionamento, que está sob os cuidados da família materna.
Ingrid era dona de casa. Nesta segunda-feira, desde as 10h30, o corpo dela é velado em uma capela no Cemitério Pedro Fuss São José dos Pinhais.
O enterro, que estava previsto para as 16h30, no mesmo local, foi adiado para 8h30 de terça-feira (31). Segundo a família, a mãe da mulher, que foi buscar a neta, não chegaria a tempo.
Motorista
O motorista do caminhão recebeu alta na sexta-feira (27) e, segundo a família, está em casa. A polícia informou que ele deu uma carona para a grávida em um posto às margens da BR-116, em São José dos Pinhais, a cerca de 100 km de distância do local do acidente.
Ele prefere não falar sobre o assunto por estar abalado emocionalmente. A empresa em que ele trabalha preferiu não se manifestar.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso e aguarda a conclusão do laudo pericial para saber o que provocou o acidente. O resultado deve sair em 30 dias.
O caminhoneiro, de acordo com o delegado Bruno Alberto da Silva de Assis, deve responder por homicídio culposo, com pena entre dois e quatro anos. A pena pode aumentar pelo fato de ele estar trabalhando na hora do acidente.
Para a polícia, ele negou ter bebido ou consumido drogas e disse que não conhecia Ingrid.
*Fonte: Portal G1