A Electronic Arts, gigante responsável por franquias como The Sims, Battlefield e o antigo Fifa, não faz mais parte da […]

EA vendida por US$ 55 bi em maior compra alavancada da história dos games
A Electronic Arts, gigante responsável por franquias como The Sims, Battlefield e o antigo Fifa, não faz mais parte da bolsa de valores. A empresa foi adquirida por um consórcio de investidores por impressionantes US$ 55 bilhões, no que se tornou o maior leveraged buyout (LBO) já realizado na história.
O termo em inglês pode soar distante, mas significa, em linhas simples, uma compra alavancada: os investidores fecham o negócio usando grandes quantias de dinheiro emprestado. No caso da EA, o JPMorgan Chase entrou como principal financiador, liberando US$ 20 bilhões. O restante da conta será pago, em grande parte, com o próprio lucro da empresa — um modelo de aquisição que costuma ser arriscado, mas que também pode render enormes retornos.
O grupo de compradores reúne alguns pesos pesados do mercado global: o fundo soberano da Arábia Saudita, a gestora americana Silver Lake e a Affinity Partners, empresa de investimentos liderada por Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump.
Impactos no mundo dos games
A transação ocorre em um momento delicado para a indústria de videogames. Depois de um crescimento explosivo durante a pandemia, o setor — que movimenta anualmente cerca de US$ 178 bilhões — vem apresentando sinais de desaceleração. A aposta dos novos donos da EA é que, fora da pressão constante da bolsa, a empresa terá mais liberdade para investir em inteligência artificial, otimizar processos e reduzir custos de produção de jogos.
Para os sauditas, o negócio é mais um passo dentro de uma estratégia ampla: transformar o país em potência global também no campo dos esportes e dos games, ampliando sua influência cultural e econômica.
O que muda para os jogadores
Os efeitos da compra podem começar a ser sentidos já em outubro, quando está previsto o lançamento de Battlefield 6, um dos títulos mais aguardados do ano. A expectativa é que a nova gestão acelere a adoção de tecnologias de IA, impactando tanto a forma de jogar quanto a rapidez no desenvolvimento de novos títulos.
Para os fãs, resta a dúvida: será que a EA, agora longe das pressões do mercado financeiro, conseguirá retomar o protagonismo criativo que marcou sua trajetória?
(*) The News