É tempo de Botafogo: Campeão da Libertadores derruba o campeão da Champions

Por: Sid Sheldowt

O futebol tem dessas coisas que fazem o torcedor sonhar acordado. Em uma noite histórica no Rose Bowl Stadium, nos Estados Unidos, o Botafogo, campeão da Libertadores, encarou o PSG, atual dono da Champions League, e escreveu mais um capítulo inesquecível em sua nova era de glórias. Um gol solitário de Igor Jesus, mas com o peso de uma montanha, foi suficiente para cravar no peito de cada botafoguense o orgulho de ver seu time vencendo os gigantes da Europa.

Era o clássico duelo entre mundos diferentes. De um lado, o poderio financeiro, o estrelismo e a pompa de um Paris Saint-Germain que, até dias atrás, desfilava na elite europeia. Do outro, o Botafogo, com sua camisa carregada de história, com a mística de um clube que aprendeu a renascer, se reinventar e, acima de tudo, acreditar.

O jogo foi tenso, como todo grande duelo deve ser. O Fogão soube sofrer, como manda o manual dos times copeiros. E quando a oportunidade apareceu, não desperdiçou: golpe fatal, placar magro, mas monumental. A bola que balançou a rede francesa valeu mais que três pontos. Valeu o fim de um jejum incômodo: há quase 13 anos um sul-americano não vencia um europeu no Mundial de Clubes. O último? O Corinthians contra o Chelsea, em 2012.

Agora, o Botafogo lidera o Grupo B com seis pontos, deixando para trás PSG e Atlético de Madrid, ambos com três, e o Seattle Sounders, que ainda não pontuou. A vaga nas oitavas de final está praticamente nas mãos, mas a missão do Glorioso vai além da matemática. O que está em jogo é um novo status, um novo tempo. Um tempo de Botafogo.

Na próxima segunda-feira, o desafio é contra o Seattle Sounders, às 16h (horário de Brasília). Mas depois do que aconteceu nesta quinta, uma certeza fica: ninguém mais ousa duvidar do Fogão.

*Sid Sheldowt é escritor, poeta e compositor