Neste 29 de outubro, Dia Mundial da Psoríase, pacientes e especialistas lembram que a doença vai muito além dos sinais […]

Fotos: Divulgação/Fuham

Dia Mundial da Psoríase: doença mexe com corpo e emoções dos pacientes

Neste 29 de outubro, Dia Mundial da Psoríase, pacientes e especialistas lembram que a doença vai muito além dos sinais visíveis na pele. Além dos sintomas físicos, como lesões na pele, articulações e órgãos internos, a psoríase provoca forte impacto emocional, afetando a autoestima e a qualidade de vida de quem convive com ela.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase é crônica e não contagiosa, com causas ligadas a predisposição genética, fatores ambientais e emocionais. A psicóloga da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), Karin Lopes, explica:
“O estresse é um fator de desencadeamento e também de agravamento da psoríase, por um lado aumenta a liberação de cortisol aumentando a inflamação no corpo e por outro, desregulando as células de defesa que por conta disso atacam a própria pele do paciente.”

As lesões avermelhadas e descamativas geram desconforto e, muitas vezes, isolamento social por medo do preconceito. Karin acrescenta:
“A aparência da pele inflamada tende a causar afastamento de pessoas sem informação, que confundem com doenças que podem se propagar pelo contato.”

A psoríase também pode atingir as articulações, causando artrite psoriásica (até 30% dos casos), além de comorbidades como problemas cardiometabólicos e gastrointestinais. A psicóloga alerta para os impactos emocionais:
“Além de aumentar a tendência ao isolamento social por conta da aparência descamativa e grosseira que a pele adquire, pessoas sem apoio social com tendência a transtornos de humor podem desenvolver depressão ou outros [transtornos].”

Informação é essencial

O apoio emocional é fundamental, e é importante que a sociedade compreenda que a psoríase não é contagiosa. Karin reforça:
“A saída para isso é informar à sociedade a natureza dessa doença e que o acolhimento e a empatia com a angústia desses pacientes os ajuda a melhorar.”

De acordo com a Psoríase Brasil, cerca de 1,31% da população brasileira convive com a doença, o que representa mais de 5 milhões de pessoas. Na Fuham, entre 2000 e 2024, foram diagnosticados 6.765 pacientes, com 490 em 2023 e 504 em 2024, todos acompanhados periodicamente para tratamento contínuo.

Embora não tenha cura, a psoríase possui tratamento eficaz e gratuito pelo SUS, capaz de reduzir ou até eliminar os sintomas quando acompanhado corretamente.

Sintomas e cuidados

Segundo a SBD, os sintomas variam conforme cada paciente e incluem: manchas vermelhas com escamas brancas ou prateadas; pequenas manchas residuais; pele ressecada e rachada; coceira, queimação e dor; alterações nas unhas; e, em casos graves, deformidades nas articulações.

O acompanhamento especializado por dermatologista é essencial para identificar o tipo e gravidade da doença e indicar o melhor tratamento, que pode combinar terapias tópicas, fototerapia, medicações sistêmicas e biológicas, sempre acompanhadas de psicoterapia quando necessário.

Medidas como atividade física, alimentação equilibrada, hidratação da pele e adesão ao tratamento são fundamentais para melhorar a qualidade de vida. O paciente nunca deve interromper a terapia sem orientação médica.

Vídeo informativo

A Fuham disponibiliza um vídeo explicativo no YouTube, com participação de pacientes e da dermatologista Mônica Santos, trazendo informações detalhadas sobre a psoríase. O conteúdo pode ser acessado em: https://www.youtube.com/alfredodamattaam.

(*) Fonte: Secom

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