A cuíca-de-colete (Caluromysiops irrupta), também chamada de cuíca-amazônica, é um marsupial singular da família Didelphidae — o único representante de […]

Cuíca-de-colete registrada em 2013. Foto: Júlia Laterza Barbosa

Cuíca-de-colete: marsupial raro reaparece na Amazônia Legal

A cuíca-de-colete (Caluromysiops irrupta), também chamada de cuíca-amazônica, é um marsupial singular da família Didelphidae — o único representante de seu gênero. A pelagem preta nas costas, que lembra um “colete”, dá nome popular ao animal.

Essa espécie vive nas florestas da Amazônia, com ocorrências registradas no oeste do Brasil (em Rondônia e Mato Grosso), no sudeste do Peru e no extremo sul da Colômbia. Ela é noturna, arborícola e bastante discreta, vivendo sozinha.

A cuíca-de-colete é extremamente rara. No Brasil, por muitos anos só havia um registro: uma pele de 1964 guardada no Museu de Zoologia da USP. Em dezembro de 2013, houve um novo avistamento, durante um resgate de fauna em Paranaíta (MT), feito pela bióloga Júlia Laterza Barbosa — evidência de que a espécie ainda existe em território nacional.

Características principais

  • Comprimento entre 250 e 330 mm; a cauda varia de 310 a 340 mm. A cauda é preênsil, auxiliando sua locomoção pela vegetação.
  • Há poucas informações detalhadas sobre sua alimentação e reprodução.

Conservação

No Brasil, a cuíca-de-colete está classificada como “Criticamente em Perigo” (CR) pelo ICMBio, de acordo com a Portaria MMA nº 444/2014. A classificação reflete a escassez de registros recentes e a incerteza sobre a distribuição e o tamanho das populações.

Importância da redescoberta

O reencontro da espécie em 2013 foi muito relevante. Reinserir a cuíca-de-colete ao cenário atual reforça a necessidade de:

  • Investigar mais sua biologia, habitat e comportamento;
  • Monitorar áreas de floresta intacta e fragmentada onde ela possa existir;
  • Promover políticas de proteção ambiental que incluam habitats críticos para sua preservação;
  • Mobilizar parcerias entre cientistas, governos e sociedade para conservação.

(*) Com informações: Portal Amazônia

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