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Cliente negro é chamado de ‘Macaco’ em cupom de famosa rede de fast-food
Um cliente negro foi chamado de ‘macaco’ no pedido de lanche feito por uma famosa rede de fast-food na zona sul de São Paulo, na madrugada do último sábado (24). O caso ocorreu no Burguer King da avenida Santo Amaro, na região de Moema, área nobre da capital.
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Dois dias depois, a vítima, o universitário David Reginaldo de Paula Silva, de 24 anos, registrou boletim de ocorrência por injúria racial para que a Polícia Civil identifique e puna, na esfera criminal, o funcionário da loja que o ofendeu ao escrever o nome do animal no lugar de seu nome no cupom fiscal.
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O advogado do estudante de relações internacionais informou ao G1 que também pretende acionar o Burger King (BK) na esfera cível para que ele seja responsabilizado a pagar indenização por dano moral a David por causa da atitude preconceituosa e racista de seu empregado.
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Procurado para comentar as acusações do aluno da Universidade Paulista (Unip), o Burger King informou que está apurando o caso para tomar providências e que repudia discriminação.
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Leia a íntegra da nota abaixo:
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“Meu aniversário foi dia 19. Saí na sexta para comemorar, e na volta fui com uma amiga diplomata à lanchonete para comer algo. Vi no balcão um cupom de desconto. Fiz um pedido normal. O atendente perguntou meu CPF, nome e anotou. E esperei chamar minha senha. Foi quando vi ao lado da senha o nome ‘macaco’ e fiquei assustado”, disse David nesta terça-feira (27) ao G1.
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Ele contou que, mesmo diante dos risos de três atendentes, incluindo o que escreveu ‘macaco’, preferiu guardar o comprovante e tentar comer seu hambúrguer, batata e tomar refrigerante. Ele havia dado uma nota de R$ 50 para pagar R$ 38,80 do lanche. Em seguida, recebeu um troco de R$ 11,20 juntamente com o bilhete ofensivo.
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“O preconceito racial é uma ‘doença’ que deve ser eliminada da sociedade brasileira. É inadmissível que em pleno século XXI, em 2018, ainda possa acontecer esse tipo de atitude racista”, postou David nas redes sociais. Ele usa o nome David Zambelli Jr. (Chocolate) em seu Facebook.
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David, que ainda trabalha como assistente administrativo de uma empresa, espera que a repercussão do caso sirva como alerta para que atos racistas não ocorram mais na rede de fast-food. “Já havia sofrido racismo antes, mas nunca assim tão direto”, falou à reportagem.
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A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) registrou a queixa como injúria racial porque, de acordo com o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, o funcionário do BK ofendeu a dignidade ou decoro utilizando palavra depreciativa referente à raça e cor com a intenção de ofender a honra da vítima.
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O crime de racismo, previsto na Lei n. 7.716/1989, é aplicado quando a ofensa discriminatória é contra um grupo ou coletividade. Por exemplo, impedir que negros tenham acesso a estabelecimento comercial, privado etc.
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Burger King
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Leia abaixo o comunicado do Burger King encaminhado ao G1 por meio da assessoria de imprensa da rede de fast-food.
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“O Burger King informa que tomou conhecimento do caso relatado na unidade localizada na loja da avenida Santo Amaro, em São Paulo, e está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas. A companhia reitera que repudia todo e qualquer ato discriminatório“, informa o comunicado da empresa.
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n*Informações da fonte: Portal G1nn
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